Famílias que residiam nas casas vão receber apartamentos em conjunto habitacional
Dez casas situadas em uma encosta da comunidade do Barro Branco foram demolidas pela prefeitura nesta sexta-feira (04). Em abril deste ano, no período das fortes chuvas que atingiram a capital, o Barro Branco foi palco de deslizamentos de terra que provocaram a morte de 11 pessoas. As casas, que estavam situadas em uma área de risco, estavam desabitadas desde o período em que a tragédia ocorreu.
(Foto: Marina Silva/ CORREIO)
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Segundo o secretário municipal de Infraestrutura e Defesa Civil, Paulo Fontana, a demolição foi feita para viabilizar as obras de contenção da encosta e urbanização que vai ser realizada na área. “No local vai ser construída uma praça de conveniência e um passeio de 3m de largura, além das obras de contenção que compreendem o retaludamento e a construção de uma cortina atirantada”, afirmou Paulo.
De acordo com o secretário, na próxima sexta-feira (11), o prefeito ACM Neto vai assinar a ordem de serviço autorizando a realização das obras, que devem contemplar uma área de 8mil m² e estão orçadas em R$8milhões de reais. Segundo a Defesa Civil de Salvador, a previsão é de que mais 17 imóveis sejam demolidos na região para a realização das obras.
(Foto: Marina Silva/ CORREIO)
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Ainda de acordo com Paulo Fontana, as famílias que tiveram suas casas demolidas estão recebendo aluguel social através da Secretaria Municipal de Promoção Social e Combate à Pobreza (Semps) e vão ganhar apartamentos em um conjunto habitacional que será construído pela prefeitura na Avenida San Martin. Ele acredita que o edital do projeto, que deve beneficiar cerca de 400 famílias desabrigadas pelas chuvas, deve ser lançado até outubro.
(Foto: Marina Silva/ CORREIO)
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A demolição dá esperanças para o cuidador de idosos Lázaro Santos, 43, que saiu da casa onde morava, no Barro Branco, quando houveram os deslizamentos do mês de abril. Com as obras de contenção, ele, que atualmente recebe aluguel social, pretende poder voltar para sua residência, que não teve a fundação abalada com os deslizamentos e, por isso, não precisou ser demolida. “Estou esperando fazerem a contenção pra eu voltar pra casa, sinto muita falta de viver no Barro Branco, minha vida foi toda aqui. Essa obra vai ser um ganho para o pessoal daqui, a gente espera por isso há mais de 20 anos”, contou.
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