Ator conhecido por papéis como Gollum e King Kong diz ao G1 que chance de prêmio para atuação com captura de movimentos ficou maior após mudanças nos membros da Academia.
Por Cesar Soto, G1
Mesmo que o rosto de Andy Serkis não apareça um só segundo em "Planeta dos macacos: A guerra", que estreia nesta quinta-feira (3) no Brasil, existem críticos que digam que o ator de 53 anos merece uma indicação ao Oscar pelo filme. E o britânico, que dá vida ao protagonista primata do longa atrás de seus pelos criados digitalmente, admite que as recentes mudanças na Academia de Artes e Ciências Cinematográficas do Estados Unidos podem finalmente permitir que a premiação se lembre dele. Assista à entrevista no vídeo acima.
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Esta é a terceira produção pela qual Serkis ganha elogios por sua interpretação através da tecnologia de captura de movimentos como Cesar, o chimpanzé que deu origem à raça de primatas inteligentes que ameaça a supremacia humana.
Mas a indústria cinematográfica discute se o ator merece estar entre os indicados desde o começo dos anos 2000, quando ele deu vida a Gollum, outro personagem digital, na trilogia "O Senhor dos anéis."
"Definitivamente existem mudanças, e há uma população mais jovem e diversificada de membros que votam", afirma. Ele se refere às últimas grandes convocações de novos integrantes realizadas pela Academia em busca de diversificar seus associados. Em junho, foram convidadas 774 pessoas de 57 países.
"Não acho que teremos essa discussão daqui 10 anos."
Para Serkis, figura principal entre os defensores da técnica que escaneia o corpo de atores e os transforma em personagens como macacos falantes (e às vezes gigantes), criaturas corrompidas ou até dragões, o maior problema residia nos antigos membros da instituição responsável pelo Oscar. Com idade de 62 anos em 2016, os integrantes são conhecidos por serem resistentes a mudanças.
"Porque é tecnologia e eles têm medo de tecnologia. Eles não entendem que é atuação", diz.
"É quase como na época em que os filmes com falas foram lançados. As pessoas falavam: 'Ah, é só uma moda passageira. Vai passar. Os filmes mudos é que são a arte verdadeira'."
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