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quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Coreia do Norte diz que pretende disparar quatro mísseis ao redor de Guam

Tipo de ataque foi detalhado um dia após anúncio de que território dos EUA no Oceano Pacífico seria alvo. General diz que não há diálogo com Trump: 'apenas força absoluta pode funcionar'.

Por G1
 
EUA e Coreia do Norte trocam novas ameaças e tensão aumenta
A Coreia do Norte afirmou que pretende disparar simultaneamente quatro mísseis Hwasong-12 de médio alcance em um ataque nas proximidades da ilha de Guam, território dos Estados Unidos no Oceano Pacífico. Segundo a agência sul-coreana Yonhap, o plano foi revelado por militares na quinta (10, horário local).
Após o lançamento, os quatro mísseis sobrevoariam Shimane, Hiroshima e Koichi, no Japão, antes de atingir seus alvos ao redor da ilha. "Eles voarão 3,356.7 km durante 1,065 segundos e atingirão águas de 30 a 40 quilômetros de Guam", diz o general Kim Rak Gyom, comandante da Força Estratégica do Exército do Povo Coreano, que assina o comunicado divulgado pela Agência de Notícias Central Coreana.
O ditador norte-coreano Kim Jong-un reage com alegria entre autoridades do seu governo durante teste de lançamento de um míssil terra-terra Hwasong-12 em local não revelado. A foto da véspera foi divulgada nesta segunda-feira (15) (Foto: AFP/KCNA via KNS)O ditador norte-coreano Kim Jong-un reage com alegria entre autoridades do seu governo durante teste de lançamento de um míssil terra-terra Hwasong-12 em local não revelado. A foto da véspera foi divulgada nesta segunda-feira (15) (Foto: AFP/KCNA via KNS)
O ditador norte-coreano Kim Jong-un reage com alegria entre autoridades do seu governo durante teste de lançamento de um míssil terra-terra Hwasong-12 em local não revelado. A foto da véspera foi divulgada nesta segunda-feira (15) (Foto: AFP/KCNA via KNS)
Segundo ele o plano é "interditar as forças inimigas nas principais bases militares de Guam e enviar um aviso crucial para os EUA". O plano de ataque está em fase final e deve ser apresentado ao líder Kim Jong-un até a metade de agosto, passando então a depender apenas de uma ordem sua para ser executado.
Na terça, o presidente Donald Trump ameaçou responder com "fogo e fúria" caso a Coreia do Norte continuasse a ameaçar os EUA. "É melhor que a Coreia do Norte não faça mais ameaças aos Estados Unidos. Enfrentarão fogo e fúria como o mundo nunca viu", declarou Trump de seu clube de golfe em Bedminster, Nova Jersey, onde passa férias.
No comunicado de quinta, o general norte-coreano criticou Trump. "Parece que ele não entendeu a declaração. Diálogo saudável não é possível com um sujeito tão desprovido de razão e apenas força absoluta pode funcionar sobre ele".
O anúncio de que Guam seria um possível alvo norte-coreano também foi feito na terça, quando o regime de Kim Jong-un revelou que estaria "examinando cuidadosamente" um plano para atacar o território americano .
Na quarta, porém, o secretário de Estado americano, Rex Tillerson, afirmou que não via ameaça iminente de um ataque da Coreia do Norte.
Em um discurso exibido na televisão, o governador do pequeno território americano, Eddie Calvo, afirmou que estava trabalhando com Washington para "garantir a segurança".
"Quero tranquilizar a população porque atualmente não pesa nenhuma ameaça sobre nossa ilha, nem sobre as ilhas Marianas. Conversei com a comandante da região das Marianas, a contra-almirante Shoshana Chatfield, que me confirmou", disse.
 (Foto: Editoria de Arte/G1) (Foto: Editoria de Arte/G1)
(Foto: Editoria de Arte/G1)

Guam é posto avançado-chave dos EUA

Guam, uma ilha isolada do Pacífico de quase 550 quilômetros quadrados, é um posto avançado chave para as forças americanas, estrategicamente localizada entre a península coreana e o mar da China Meridional.
Quase 6 mil soldados estão presentes no território, em particular na base aérea de Andersen e na base naval de Guam.
Calvo citou "vários níveis de defesa estratégicos" estabelecidos para defender Guam. A Casa Branca informou que um ataque contra o território seria considerado um ataque contra os Estados Unidos, destacou.
"Já falaram que os Estados Unidos serão defendidos. Quero recordar também a mídia nacional que Guam é território americano e que 200 mil americanos vivem em Guam e nas Marianas. Não somos apenas instalações militares. Com isso dito, quero assegurar que estamos preparados para qualquer eventualidade".

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