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Fadiga crônica é uma doença biológica, não psicológica
PUBLICADO EM 27/02/15 - 22h29
AFP
A fadiga crônica é uma doença biológica e não psicológica, que pode ser
identificada por marcadores no sangue - segundo um estudo publicado
nesta sexta-feira (27) que alimenta as esperanças de descoberta de
tratamento.
A descoberta é "a primeira prova física sólida" de que esta síndrome é
"uma doença biológica e não uma desordem psicológica" e que a
enfermidade comporta "distintas etapas", afirmam os autores da pesquisa
realizada pela Escola Mailman de Saúde Pública, na universidade de
Columbia.
O estudo foi publicado na revista especializada Science Advances.
Sem causa nem tratamento conhecidos, a síndrome da fadiga crônica,
conhecida como encefalomielitis (ME/CFS), deixa os cientistas perplexos
há tempos.
Além de um cansaço constante, provoca dores de cabeça e musculares e dificuldades para se concentrar.
"Agora temos a confirmação de algo que milhões de pessoas que sofrem
com a doença já sabiam: a ME/CFS não é psicológica", afirma Mady Hornig,
professor associado em epidemiologia da Escola Mailman e principal
autor do estudo.
"Nossos resultados devem acelerar o processo para estabelecer um
diagnóstico (...) e descobrir novos tratamentos, já que pode se
concentrar nesses marcadores sanguíneos", acrescentou.
Os pesquisadores examinaram os níveis de 51 marcadores do sistema
imunológico no plasma de 298 pacientes e 348 pessoas saudáveis.
Descobriram que o sangue dos pacientes que sofrem de fadiga crônica há
três anos ou menos apresentavam níveis mais elevados de moléculas
chamadas citoquinas, o que não ocorre com quem não tem a doença.
A aprovação de novas regras para a Internet pela Comissão Federal de Comunicações (FCC – Federal Communications Comission),
na quinta-feira (26/02), que sustentam a “neutralidade da rede” ou a
“Internet aberta”, ao defini-la como um serviço de utilidade
pública (como o serviço telefônico), foi muito comemorada nos EUA e,
provavelmente, no mundo. Mas, não há garantias de que a medida terá vida
longa. Ou, pelo menos, a luta para acabar com a Internet aberta vai
continuar.
As grandes provedoras de serviços de Internet (ISPs – Internet Service Providers)
nos EUA, entre elas as provedoras de internet por cabo, como AT&T, a
Comcast, a Verizon e a Cox, e as provedoras de serviços wireless, como
T-Mobile e Sprint, somados à maioria dos parlamentares do Partido
Republicano, são os opositores da neutralidade da rede. Entre os
defensores estão as provedoras de conteúdo, como a Netflix, a Amazon, a
Apple e a Google, a maioria dos parlamentares do Partido Democrata, o
governo Obama.
É uma “briga de gente grande”. Os defensores,
porém, tiveram um reforço inusitado nos dias que antecederam a votação
da proposta pela FCC: mais de 4 milhões de pessoas enviaram mensagens ao
órgão, com pedidos para manter a Internet livre — ou a neutralidade da
rede. Pelo volume de mensagens, o pedido tem um peso considerável.
Porém,
os opositores da neutralidade da rede, um grupo que inclui americanos
de formação conservadora, juraram não desistir da luta. Prometeram
combater a neutralidade da rede pelo menos em quatro frentes: uma na
Justiça, duas no Congresso e uma no (futuro) governo, segundo o New York Times, Washington Post,Wall Street Journal e outras publicações.
Na
Justiça, os opositores já fazem planos de mover uma ação contra a FCC
para obrigar o órgão a derrubar suas próprias regras. E, antes mesmo de
montar o processo, pretendem pedir uma liminar que impeça,
temporariamente, que as regras entrem em efeito — o que está previsto
para um período próximo de dois meses.
A FCC não tem um bom
histórico na defesa da neutralidade da rede nos tribunais. Em 2010, um
tribunal federal de recursos decidiu que a FCC ultrapassou os limites
quando acusou a Comcast de reduzir a velocidade do tráfico para usuários
de sites de compartilhamento de arquivos, como o BitTorrent. No ano
passado, o mesmo tribunal decidiu em favor da Verizon e anulou um
esforço da FCC para aprovar regras em favor da Internet aberta.
Porém,
as grandes ISPs terão dificuldades de processar a FCC, porque dependem,
frequentemente, da boa vontade do órgão. A Comcast, por exemplo,
provavelmente irá declinar de compor o grupo de demandantes, porque tem
processos de fusão e de outras transações correndo na FCC. O mais
provável é que as ISPs se escondam por trás de alguma entidade e de
parlamentares conservadores, que poderão se encarregar de mover a ação.
Por
sua vez, os defensores da neutralidade da rede — provedoras de
conteúdo, políticos e entidades — tendem a lutar de peito aberto, porque
defender a “Internet livre” é uma posição muito mais popular do que a
de combatê-la.
No Congresso, há duas frentes de combate à
neutralidade da rede e não se sabe o que pode acontecer. Sequer há uma
sólida posição partidária em qualquer dos lados. Parlamentares
republicanos de peso, como o líder do Comitê do Comércio, senador John
Thune, o presidente do mesmo comitê e do Comitê de Energia na Câmara,
deputado Greg Fred Upton e o deputado Greg Walden e seus seguidores
deveriam ser contra a neutralidade da rede. Mas são a favor.
Os
democratas são a favor, de uma maneira geral, mas uma boa parte deles
está em cima do muro. Os republicanos chegaram a trabalhar em um projeto
de lei para acabar com a proposta. Mas, diante do volumoso apoio
popular à medida da FCC, passaram a discutir uma legislação alternativa.
A ideia agradou a alguns parlamentares democratas, como o senador Bill
Nelson, que quer discutir uma “legislação verdadeiramente bipartidária”
para as telecomunicações.
Em outra frente, parlamentares
republicanos programaram uma audiência, que se assemelha a uma CPI, na
qual pretendem colocar as autoridades da FCC contra a parede.
Representantes das provedoras de serviços de internet também foram
convocados para, obviamente, depor contra as novas regras aprovadas pela
FCC.
Se as medidas não forem derrubadas na Justiça ou no
Congresso, os republicanos irão depositar todas suas esperanças nas
próximas eleições presidenciais. Na quinta-feira, a neutralidade da rede
foi aprovada por 3 a 2: três votos da ala democrata da FCC e dois votos
da ala republicana. Os republicanos devem ganhar as próximas eleições
presidenciais, dizem os republicados. Então, a composição da FCC irá
mudar para ter maioria republicana e a neutralidade da rede será
amaldiçoada.
Em outras palavras, os republicanos não estão
dispostos a entregar os pontos. Eles querem que o governo não interfira
na Internet de forma alguma, o que significa não regulamentá-la.
O que está em jogo
O caso da Netflix, a empresa que viabiliza o streaming
de filmes e programas de televisão é o melhor exemplo do que está
acontecendo. Em períodos de pique, a Netflix responde por cerca de um
terço de todo o tráfego na Internet, na América do Norte. Ou seja, a
Netflix está faturando alto e as provedoras de serviços de Internet
cobiçam uma fatia do bolo.
Por isso, as ISPs tentaram cobrar uma taxa da Netflix — e de todas as demais provedoras de conteúdo — para que possam fazer o streaming
de seus vídeos em alta velocidade. Se as provedoras de conteúdo não
toparem pagar essa taxa, a velocidade de transmissão seria reduzida
— com prejuízo evidente para os consumidores.
As novas normas da FCC simplesmente proíbem a criação de linhas rápidas (fast lanes)
e a cobrança de taxas diferenciadas das provedoras de conteúdo. Por
isso, a FCC define a neutralidade da rede como uma questão de justiça.
As provedoras de Internet devem tratar todo tráfego na Web com igualdade
— e não aumentar a velocidade ou reduzi-la ou, em outras palavras,
manipular o conteúdo da Internet de maneira a favorecer algumas empresas
em detrimento de outras, por uma taxa.
A FCC — na linha de
pensamento do governo Obama — acredita que, se algumas operadoras de
websites tiverem de pagar um dinheiro extra para levar seu conteúdo aos
consumidores, isso iria inviabilizar as operações de pequenas empresas
ou empresas novas de fornecimento de conteúdo e também de jogos, músicas
e aplicativos. Por isso, se posiciona contra a priorização de algum
tráfego na Internet sobre outros.
Com a aprovação dessas regras, a FCC reconhece que a Internet como uma commodity
básica — ou um serviço de utilidade pública, como o serviço telefônico.
Assim, as ISPs devem obedecer regras padrão, que se aplicam à
privacidade, transparência e não discriminação — as mesmas regras da
telefonia. Ficam proibidos bloqueamento de serviços, tais como os da
Netflix, o controle de fluxo, a redução do tráfego na Web, o
estabelecimento de prioridades, e a aceleração do tráfego em troca de
pagamento extra.
Um problema das ISPs é que elas também são
provedoras de conteúdo — ou seja, de vídeos de filmes e programas de
televisão. Porém, a Netflix cobra apenas US$ 8 por mês e o usuário pode
assistir filmes todos os dias, se quiser. Mas a Netflix demora para
disponibilizar filmes novos. As ISPs lançam os filmes novos mais cedo e,
talvez por isso, o aluguel de um único filme pode custar alguma coisa
em torno do que a Netflix cobra por mês. No final das contas, uma grande
quantidade de usuários prefere esperar que o filme seja lançado pela
Netflix para assisti-lo e isso prejudica a rentabilidade das ISPs.
O
mesmo acontece com as provedoras de conteúdo que disponibilizam
músicas, jogos e aplicativos, como é o caso da Apple, da Google e da
Amazon. Elas sempre têm um preço mais em conta e, por isso, faturam mais
que as ISPs. No final das contas, tudo se resume ao mais repetido dizer
americano: “It is all about money”.
Por João Ozorio de Melo é correspondente da revista Consultor Jurídico nos Estados Unidos.
(Reuters) - O Google
abandonou plano de proibir a publicação de conteúdo adulto em sua
plataforma de blogs Blogger depois de receber comentários negativos dos
usuários sobre a ideia.
A companhia vai em vez disso "ampliar a fiscalização" de sua
política atual que proíbe a presença de pornografia comercial no
Blogger, disse a diretora de suporte de produtos sociais do Google,
Jessica Pelegio.
Usuários do Blogger poderão continuar a etiquetar qualquer blog com conteúdo sexualmente explícito como "adulto".
O Google afirmou no início desta semana que os usuários do
Blogger não poderiam mais publicar fotos ou vídeos sexualmente
explícitos no Blogger a partir de 23 de março.
Ao completar 450 anos neste domingo, o Rio de Janeiro registra avanços e enfrenta desafios que se arrastam há décadas.
A
ex-capital, considerada o cartão-postal do Brasil para o mundo, tem um
mercado turístico que segue em crescimento, mas ainda enfrenta problemas
de saneamento básico, violência, mobilidade urbana e infraestrutura
turística.
A pouco mais de 500 dias da Olimpíada, o Rio é um
grande canteiro de obras, com expansão do metrô, construção de BRTs
(corredores de ônibus), VLTs (bondes de superfície), túneis e duplicação
de estradas, além das instalações olímpicas.
Leia mais: COI evita polêmicas e elogia obras da Olimpíada do Rio
A BBC Brasil selecionou cinco áreas e convidou especialistas para comentar os problemas atuais e desafios futuros da cidade.
Veja os principais trechos das entrevistas:
1) IMPACTOS E LEGADO DOS GRANDES EVENTOS
O geógrafo americano Christopher Gaffney
viveu os últimos seis anos no Rio de Janeiro analisando os impactos dos
grandes eventos sobre a cidade. Suas pesquisas e análises foram
destacadas na mídia brasileira e internacional e seu trabalho de
pós-doutorado na Universidade de Zurique tem como tema o legado e os
problemas da Copa do Mundo e da Olimpíada para os cariocas. BBC Brasil – Quais são os principais impactos e o legado que a Copa e as Olimpíadas deixarão para o Rio de Janeiro? Christopher Gaffney –
Na minha visão o legado principal é uma cidade mais cara, mais
excludente, mais fragmentada e mais privatizada. É a consolidação da
ordem de poder na cidade. Há obras de mobilidade, mas faltou entender o
transporte associado à moradia e ao trabalho. A Zona Sul e o Centro
ainda concentram 60% de todos os empregos no Rio, e poderia ter havido
mais investimentos em moradias acessíveis na região central ou em trens
para o subúrbio. Há uma ciclovia que ligará o Leblon à Barra, mas ao
longo dos BRTs que levam à Zona Norte, não. Estamos pensando em projetos
de turismo ou mobilidade urbana?
Teríamos tido um legado maior
caso a Olimpíada tivesse sido concentrada na Ilha do Fundão, onde está a
UFRJ, como previa o primeiro projeto. Teria havido alterações mais
profundas, com impactos positivos para os mais pobres. Isso teria
significado mais transportes na Baía de Guanabara, um modelo mais
inclusivo de integração com os bairros do entorno e com a Zona Norte,
como o Complexo do Alemão, Caju, Complexo da Maré, até mesmo a Baixada
Fluminense, além de uma ligação de metrô com o centro da cidade. Focando
na Barra, estamos reforçando a lógica vigente, a divisão entre
periferia e bairros nobres. BBC Brasil - O Rio tende a ganhar ou perder com os grandes eventos? Gaffney –
Eu diria que, para a maioria da população, a tendência é perder mais do
que ganhar, por diversas razões. O carioca mais uma vez mostrou-se
capaz de organizar grandes festas, mas a que preço?
A normalidade foi suspensa, com
os feriados em dias de jogos, e reforçou-se a ideia de uma sociedade
militarizada, que não entende as demandas dos mais pobres. Houve
diversas polêmicas, remoções, dentre outros problemas. Os grandes
eventos têm um lado festivo, que leva ao orgulho e ao patriotismo, mas
têm também um lado perverso.
Leia mais: Olimpíadas: As inovações que o Japão quer introduzir nos Jogos de 2020
Nessa
lógica perversa inclui-se a consolidação de medidas de exceção na
segurança pública, por exemplo. E isso também aconteceu em Vancouver e
Londres. Os grandes eventos não alteram de forma sustentável a lógica da
segurança pública, com transformações de longo prazo. Ao contrário,
estimulam a criação de soluções imediatistas e de exceção, cuja
tendência é se tornarem permanentes, inclusive na legislação.
Além disso, a percepção de ganhar ou perder está atrelada à posição geográfica e à classe social de cada um. BBC Brasil – O que o Rio pode tirar de lição para o futuro com a Copa e a Olimpíada? Gaffney –
Em grandes eventos, os benefícios são pagos por todos e distribuídos a
poucos. Por isso, seria imprescindível atentar mais para a importância
de haver consultas públicas. A população deveria ter uma influência
muito maior sobre os planos olímpicos. Também é importante rastrear e
monitorar o uso do dinheiro público, o que é muito difícil no Brasil. O
cidadão deveria ser mais ativo, participar mais desses processos, porque
não adianta reclamar só depois que já está tudo finalizado.
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2) SEGURANÇA PÚBLICA
Pesquisador do Laboratório de
Análise da Violência da UERJ, o sociólogo espanhol Ignacio Cano vive no
Rio há mais de 15 anos e vem acompanhando o cenário de segurança pública
na cidade, com diversos livros e artigos publicados, entre eles estudos
sobre as UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora). BBC Brasil – Quais são os principais problemas atuais em questão de segurança pública no Rio de Janeiro? Ignacio Cano –
Os maiores problemas no momento são o elevado número de homicídios, os
roubos também muito elevados e o domínio de grupos criminosos sobre
alguns territórios. BBC Brasil – Qual é o momento atual
das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) e como o projeto de
pacificação pode se desenvolver no futuro? Cano –
As UPPs enfrentaram uma grave crise e agora passam por reavaliação, mas
a situação ainda é muito delicada. O programa de pacificação
encontra-se num momento difícil, e o cenário não é muito favorável.
Vamos ter que ver como evolui até 2016 e, se a trajetória até lá for
negativa, a situação pós-Olimpíada pode ser complicada, com a já
esperada diminuição do foco de atenção a essas iniciativas e, por
consequência, dos recursos disponíveis.
No Complexo da Maré o
Estado terá que assumir, e ainda não sabemos o que irá acontecer.
Trata-se de um teste, uma grande oportunidade. Por um lado pode-se
mostrar algo diferente, integrando mais a população. Por outro, pode-se
reproduzir o desastre ocorrido no Complexo do Alemão, com tiroteios
constantes, numa situação em que as pessoas praticamente não se
beneficiaram da pacificação. Há o risco de a Maré se tornar um novo
Alemão.
Leia mais: Quais lições a Copa do Mundo deixa para a Olimpíada? BBC
Brasil – Quais devem ser os impactos dos grandes eventos sobre a
segurança pública no Rio? E quais devem ser as preocupações para o
futuro? Cano – Os grandes eventos não
alteraram fundamentalmente o panorama de segurança pública no Rio. O que
mais trouxe alterações foi a UPP, no sentido de mudar as favelas da
Zona Sul, mas nem Copa nem Olimpíadas vão alterar crucialmente as
características da cidade. Não existe mais essa expectativa.
Quanto
ao futuro, as preocupações deveriam ser tentar fazer uma cidade mais
integrada e menos segregada, melhorando os índices de homicídios e
tornando-se um território só, integrado. Os investimentos deveriam estar
focados realmente na redução dos homicídios e na recuperação de
territórios.
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3) MOBILIDADE URBANA
Carioca, o arquiteto e
urbanista Pedro Rivera é o diretor do Studio-X Rio, uma rede global da
Universidade de Columbia, nos EUA, cujo objetivo é repensar o futuro das
cidades, com unidades em Amã, Nova York, Mumbai, Pequim, Tóquio,
Istambul e Johannesburgo, além do Rio de Janeiro. BBC Brasil – No que o Rio ainda está errando em matéria de mobilidade urbana, mais recentemente? Pedro Rivera –
A principal questão em mobilidade urbana hoje em dia é como fazer a
pessoa migrar do carro para o transporte público. A demolição do elevado
da Perimetral, no centro do Rio, é um bom exemplo disso. Sou totalmente
a favor, mas usaram milhões para construir um túnel subterrâneo, quando
esse dinheiro deveria ter sido usado para desenvolver mais opções de
transporte coletivo. Mais BRTs, mais barcas, mais VLTs. Esse deveria ter
sido o recado, a prioridade, e não o carro, mais uma vez. Também
precisamos investir mais em ciclovias, na bicicleta como meio de
transporte.
Nós destruímos nossas cidades para acomodar o carro,
visando o transporte individual como prioridade, abrindo estradas e
grande avenidas. Agora o desafio é retomar este espaço para a
coletividade. BBC Brasil – Quais são suas principais sugestões para o futuro do Rio em termos de mobilidade urbana? Rivera –
Uma das questões mais importantes é o estacionamento no centro
expandido da cidade. As pessoas acham que têm o direito de estacionar na
rua, mas na verdade trata-se de um privilégio. Quando eu estaciono meu
carro na rua, estou usando um espaço que é de todos, para o meu
benefício individual.
A partir disso, defendo que estacionar na
rua seja proibido em todo o centro expandido (incluindo Botafogo,
Tijuca, Glória). A cidade precisa ter uma política de estacionamento em
via pública. Quantas vagas existem? Qual nossa é a meta? Qual é a
política tarifária? É preciso começar a pensar o estacionamento no
centro das grandes cidades como forma de reduzir o número de carros. BBC
Brasil – Você ajudou a criar um projeto de ciclovias para o centro da
cidade que foi aceito pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB). O que
diz esse plano? Rivera – As ciclovias do
Rio são muito lineares. Na orla, na Lagoa, falta capilaridade, ruas do
interior dos bairros também precisam ter as ciclovias. Nosso projeto
prevê isso, a criação de uma malha cicloviária no centro da cidade. O
custo está estimado em R$ 6 milhões, e o documento foi entregue ao
prefeito na metade do ano passado. Recebemos o compromisso de que seria
executado, e as obras já começaram.
A ideia é que as ciclovias se
conectem às estações de metrô, barcas, à Central, e demais modais. A
ciclovia precisa deixar de ser secundária, e tornar-se um investimento
de prioridade, visto com importância. São no total 33 quilômetros de
malha cicloviária no centro do Rio, que ajudarão a locomoção e a
integração com os outros modais.
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4) SANEAMENTO BÁSICO/DESPOLUIÇÃO
Um dos mais
respeitados estudiosos da Baía de Guanabara e do sistema de lagoas do
Rio de Janeiro, o biólogo Mario Moscatelli acompanha há anos o panorama
de saneamento básico e poluição na capital fluminense e mantém análises
constantes do setor. BBC Brasil – Quais são os maiores problemas do Rio de Janeiro em termos de saneamento básico e poluição atualmente? Mario Moscatelli –
Neste momento os principais problemas são a falta de políticas públicas
para a habitação que sejam mais permanentes e constantes. Isso favorece
uma ocupação desordenada do terreno da cidade, gerando o esgoto
irregular, que acaba indo para as praias, lagoas, e para a Baía de
Guanabara. E onde existe a ocupação ordenada, como na Barra, por
exemplo, o poder público às vezes demora em instalar o saneamento
básico. Do ponto de vista ambiental, rios, Baía de Guabanara e sistema
de lagoas estão poluídos e pagam o preço de toda esta situação.
O
Rio é uma cidade do século 21 com saneamento básico do século 18. E não
são só as favelas que despejam esgoto no ambiente não. Na região
metropolitana não há quase nenhum rio vivo, viraram todos valões de
esgoto. Há despejo de esgoto no costão de São Conrado e na enseada de
Botafogo, e Copacabana tem problemas quando chove. Flamengo tem
influências da Marina da Glória e do rio Carioca, Ipanema e Leblon
recebem esgoto do Jardim de Allah e o Leblon especificamente do canal da
rua Visconde de Albuquerque. Na Barra, há problemas do Quebra Mar ao
Pepê e ainda a contaminação pelas lagoas. Ou seja, todos bairros de
classe média. São rompimentos de canos, conexões clandestinas e falta de
saneamento mesmo. BBC Brasil – Do que depende o futuro do saneamento básico no Rio? Moscatelli –
De forma geral as melhorias dependem de políticas permanentes e
eficientes de habitação, controle da ocupação urbana em áreas
ambientalmente sensíveis, programas de saneamento básico eficientes e a
recuperação ambiental do que foi destruído. Ao longo das últimas décadas
os recursos nunca faltaram e também não faltarão no futuro, o que falta
para tudo isso se tornar realidade é vontade política.
Programas
sérios de expansão do saneamento básico surtiriam efeito a longo prazo.
São políticas de Estado, de 15 a 20 anos de duração. Mas o problema é
que temos uma classe política desconectada da realidade e uma sociedade
que quase não cobra nada. BBC Brasil – Um dos grandes
temas no momento é a despoluição da Baía de Guanabara antes da
Olimpíada. Como você vê as ações na área? Moscatelli –
As Olimpíadas foram um motivo de esperança no que diz respeito a
saneamento básico e despoluição da baía e das lagoas do Rio. Eu fui um
dos que acreditou nisso. Mas agora, a pouco mais de 500 dias dos Jogos,
eu já vejo que é um setor onde dificilmente haverá avanços,
infelizmente.
Sobre o compromisso dos organizadores de limpar 80%
da Baía de Guanabara, a solução a curto prazo teria sido a instalação de
mais UTRs (Unidades de Tratamento de Rio), blindando, impedindo que
estes rios levem esgoto e lixo para dentro da baía, e à medida em que a
rede de saneamento básico fosse sendo instalada, num período de 15 a 20
anos, elas seriam desativadas. Mas agora, com tão pouco tempo,
provavelmente instalarão ecobarreiras, que são como peneiras, nestes
rios, para um efeito mais imediato. Quanto às lagoas da Barra, há
dinheiro, projetos e empresas licitadas, mas há entraves agora por
questionamentos às obras.
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5) TURISMO
Cesar Cunha
Campos é diretor da FGV Projetos, unidade de extensão e pesquisa da
Fundação Getúlio Vargas que, dentre outras coisas, produz estatísticas e
estudos para o Ministério do Turismo. BBC Brasil – Nas pesquisas desenvolvidas pela FGV, quais são as principais queixas e elogios dos turistas ao Rio de Janeiro? Cesar Cunha Campos –
Ao entrevistar os turistas, percebemos que as maiores reclamações são
quanto à limpeza, violência e o idioma, já que quase ninguém fala inglês
ou espanhol. Apesar de ter havido avanços em segurança, os assaltos e a
violência ainda assustam muito, sobretudo quando acontece algo com
estrangeiros, como o turista que foi morto no Carnaval. Quanto aos
elogios, os principais são as praias, o Carnaval e o Cristo Redentor
como o grande símbolo do Rio. O Cristo e a praia de Copacabana ainda são
inigualáveis no imaginário do turista estrangeiro.
Leia mais: Toplessaço: Escolha de musas gera polêmica no Rio BBC Brasil – No que o Rio poderia avançar nos próximos anos como destino turístico internacional? Cunha –
Precisamos investir mais em sinalização, em placas que orientem os
turistas no trânsito e dentro de aeroportos, por exemplo, em português,
inglês e espanhol, no mínimo, além de treinar mais pessoas nestes
idiomas. Falta explicar ao turista como fazer as coisas. Ônibus, metrô,
bilhetes, máquinas, como comprar ingressos. Tudo isso precisa ser
modernizado.
Também falta estacionamento, vagas subterrâneas como
em grandes cidades, como Paris, por exemplo. Em termos de vagas de
hotéis até acho que estamos crescendo num bom ritmo, mas faltam mais hostels
para acomodar os turistas mais jovens. Sempre comparamos o Rio com
Londres, Paris e Nova York, e temos muito a melhorar. Mas ao lado de
lugares como Buenos Aires e Cidade do México estamos muito bem
posicionados. BBC Brasil – Quais devem ser os principais impactos da Olimpíada para o Rio? Cunha –
O impacto de um grande evento como esse para o Rio é maior do que para
destinos como Londres e Paris, onde já há uma infraestrutura de turismo
mais consolidada e muita credibilidade internacional. Contando que tudo
dê certo e que seja um sucesso, teremos aproveitado a oportunidade de
mostrar o Rio para todo o mundo, prospectando novos turistas. Neste
ponto haverá um grande legado, atraindo mais feiras, eventos e
atividades de negócios. Haverá um reflexo adicional para o Amazonas e o
Nordeste, destinos para onde o estrangeiro que vem ao Rio costuma ir
também.
Haverá um legado em termos de mobilidade urbana. Metrô,
VLTs, BRTs, duplicação da estrada da Joatinga, temos uma série de obras
em curso que beneficiarão o turismo na cidade. Espero que surjam mais
hostels, já que o perfil do turista olímpico, de acordo com as nossas
pesquisas, e muito mais jovem do que o da Copa do Mundo. Gastam menos,
mas ficam mais tempo, têm perfil mais diversificado. Os próprios atletas
tornam-se turistas ao fim dos Jogos.
O papa Francisco disse neste sábado, durante audiência
no Vaticano, que "o dinheiro é esterco do diabo", acrescentando que,
quando o capital se torna um ídolo, ele "comanda as escolhas do homem".
Declaração foi feita ao receber em audiência a
Confederação de Cooperativas italianas (Confcooperative). Ele recebeu
representantes de cooperativas das áreas de agricultura, indústria,
comércio, pesca, imobiliário, entre outras, que encheram a Sala Paulo
VI.
Segundo o Papa, é preciso "lutar contra a prostituição
das cooperativas que enganam a população, como um homem bom, por motivos
de lucro" e pediu que seja promovidas a "economia da honestidade".
"A economia cooperativa sim é autêntica, se quer levar
adiante uma função social forte, deve perseguir finalidades
transparentes e límpidas, promover uma economia de honestidade".
"Fé e identidade são a base de tudo isso", disse, em
discurso improvisado. "Sigam adiante, caminhem juntos com todas as
pessoas de boa vontade. Esta também é uma chamada cristã, uma chamada
cristã a todos".
O Jornal Hoje de 07.06.2011 trouxe uma notícia importante acerca do
consumo da ração humana: ela não substitui uma refeição e deve apenas
funcionar como complemento alimentar. A Ração Humana
ganhou destaque há algum tempo atrás prometendo trazer diversos
benefícios ao corpo, entre eles, o de emagrecer. De fato, os alimentos
que compõe a ração humana são excelentes para o nosso organismo, o
problema é como se consome a ração humana.
A Ração Humana deve servir como complemento alimentar e deve ser
acompanhada de uma dieta balanceada. O consumo excessivo, pode levar até
a desnutrição já que, faltam nutrientes essenciais para o nosso
organismo. Se a idéia é emagrecer consumindo ração humana, saiba que não
é privando de alimentos que conseguirá um resultado satisfatório, mas
sim, reeducando sua alimentação.
Nesse caso, utilize a ração humana em sucos, com leite, iogurtes ou
frutas no café da manhã ou tarde. Consumindo, no máximo, duas colheres
do complemento por dia (ou 40mg). Durante este período, beba bastante
água, mais de dois litros por dia. Sem se hidratar corretamente, poderá
ter efeitos contrários àqueles associados ao consumo de fibras e ficar
com intestino preso.
Também é necessário ficar atento a alguns ingredientes. Como se trata
de uma mistura, alguns destes elementos podem não fazer bem a
diabéticos, por exemplo, que devem evitar o açúcar mascavo e cacau em pó
da fórmula. O ideal é consumi-la sempre com orientação de um
nutricionista. É importante também ficar atento às proporções dos
ingredientes, pois elas poderão ser maiores ou menores de acordo com as
necessidades de cada um.
Agora que já sabe como consumir a Ração Humana, confira uma receita básica e barata deste complemento.
Você vai precisar de
Ração Humana
250 g de fibra de trigo
125 g de linhaça marrom
125 g de leite desnatado em pó
100 g de aveia em flocos
100 g de gergelim com casca
100 g de açúcar mascavo
75 g de gérmen de trigo
50 g de gelatina sem sabor
25 g de levedo de cerveja
25 g de guaraná em pó
25 g de cacau em pó
Modo de Preparo:
Misture os ingredientes e adicione a sucos, frutas, leite ou
iogurtes. Não substitua sua refeição, mas sim, complemente seu café da
manhã ou lanche da tarde.
Ração humana é um alimento feito de uma mistura de
cereais e outros alimentos funcionais moidos ou em pó. Esse nome se
originou para se opor a Ração Animal, não é verdadeiramente uma ração
pois não supre as totais necessidades nutricionais de uma pessoa. Existe
uma receita básica e variações de alguns ingredientes. (Fonte:
Wikipedia)
Ração Humana
Você vai precisar de:
500g de soja em pó
500g de farelo de trigo
500g de farelo de aveia
100g de gergelim
100g de linhaça dourada
100g de guaraná em pó
100g de levedo de cerveja
100g de gérmen de trigo
100g de açúcar mascavo
100g de gelatina sem sabor
100g de quinua
100g de cacau em pó
100g de farinha de maracujá
Modo de Preparo:
Misture os ingredientes ao leito ou suco.
Posologia
Substitua o café da manhã pela Ração Humana e mantenha uma boa alimentação durante o dia.
Precauções
Manter o limite de três colheres ao dia.
Diabéticos e cardíacos devem evitar o açúcar mascavo, o cacau e o guaraná em pó.
A ração humana não deve constituir a única forma de alimentação
Você já viu várias receitas de chá aqui no Receita Natural que, na
verdade, são apenas infusões. Para que uma infusão receba o nome de chá,
é necessário que ela seja preparada com ervas derivadas da Camellia sinensis.
Esta planta dá origem aos chás preto, branco, vermelho, verde e outras
derivações. Hoje vamos contar um pouquinho sobre a história desses chás e
algumas curiosidades a repeito da planta que atualmente é conhecida no
mundo inteiro.
Tudo começou há mais de 5.000 anos, na China da antiguidade. O
Imperador Sheng Nong, conhecido pelo seu povo com Curandeiro Divino,
andava bastante preocupado com as epidemias que assolavam o reino
chinês. Tentando encontrar soluções para esses problemas, ele criou uma
lei que obrigava todos os súditos a ferver a água antes de consumi-la,
medida essa que hoje é reconhecida mundialmente como essencial para a
saúde de toda a população.
História do Chá
Durante uma longa viagem, o próprio imperador, que também costumava
ferver sua água, deixou a xícara descansando embaixo de uma árvore.
Segundo a lenda, algumas folhas caíram na água quente sem que Sheng Nong
percebesse. Quando ele viu o que havia conhecido, decidiu tomar, mesmo
com receio, a água misturada com as folhas. Então o imperador percebeu
que o gosto era bastante agradável. A partir daí, ele começou a consumir
essa bebida com regularidade e seus súditos logo começaram a beber o
chá também.
É no Oriente que o chá começa a ganhar fama. Durante muito tempo, a
Camellia Sinensis foi cultivada no Himalaia, por monges budistas. No
século XIII, um desses monges, chamado Lu Yu, escreveu o primeiro grande
estudo sobre os chás. A obra recebeu o nome de Ch’a Ching e
narrava as diferentes formas de se preparar o chá e cultivar a planta.
Daí podemos ver que já existiam, desde aquela época, variações de chás
produzidos com as mesmas folhas.
Diante dessas informações, você deve estar se perguntando: mas como
os chás chegaram no Ocidente? Os próprios chineses foram os responsáveis
por expandir o hábito de se consumir as ervas. Existem vários relatos
históricos que comprovam que o chá já era consumido pelos japoneses no
início do século IX. No Japão, assim como na China, os chás não só
faziam parte dos hábitos da população como também integravam vários
rituais sagrados.
Quando os Europeus, já no período moderno, começaram a navegar rumo
ao Oriente, entraram em contato com essa cultura dos chás. No século XV,
os navios portugueses eram os principais responsáveis por trazer vários
tipos de mercadorias – tecidos, especiarias e outros – do mundo
oriental para a Europa. Assim, as primeiras remessas de ervas derivadas
da Camellia Sinenis foram trazidas e começaram a conquistar os europeus.
Os ingleses, que ficaram famosos no mundo inteiro pelo “chá das
cinco” só começaram a consumir essas ervas no século XIX, quando o chá
preto se disseminou pelo país e virou, de fato, uma tradição. Depois de
ganhar fama entre os ingleses, o hábito se espalhou para o Estados
Unidos, Austrália, Canadá e outras regiões, tornando-se muito comum
tanto no Ocidente quanto no Oriente.
Para além do sabor e da tradição, o que mais chama a atenção dos
cientistas contemporâneos são os benefícios dos chás. Vários estudos
mostram que a bebida é muito positiva para o nosso organismo,
principalmente por causa dos antioxidantes. Essas pesquisas mostram que o
consumo do chá ajuda a prevenir doenças cardiovasculares, além de
melhorar a digestão, fortalecer as defesas do organismo e ajudar no
emagrecimento.
Por tudo isso, essa tradição milenar chinesa vem ganhando adeptos em
todo o mundo. Tomar uma xícara de chá, além de trazer benefício para a
saúde, também é um mergulho na nossa própria história. E quanto mais
conhecemos sobre essas bebidas, maior é a vontade de consumi-las, não é
mesmo?
Homem teria reclamado a jovem que urinava em sua casa. Após bate-boca, estudante teria atingido idoso com socos na cabeça
Um
homem de 81 anos foi agredido por um universitário após um bate-boca na
noite dessa sexta-feira (27). O estudante participava de uma festa em
uma república de Santo André.
Ao perceber que alguém urinava em frente a sua
casa, Ítalo Paschoalini saiu para reclamar com o estudante e começaram
uma discussão.
"Meu avô ficou bravo e pegou uma
mangueira para molhar o menino e fazê-lo sair de lá. Daí o menino deu
uma chave de pescoço no meu avô e começou a esmurrar meu avô", afirma
Débora Vaccari, neta de Ítalo.
O idoso teve um corte na cabeça e ferimentos no braço e passou a noite em um hospital municipal de Santo André, segundo ela.
Eduardo,
de 19 anos, é estudante da UFABC (Universidade Federal do ABC) e
participava de uma festa em uma república na mesma rua, no Parque das
Nações.
De acordo com Débora, as festas frequentes
nessa república chegam a reunir cerca de 400 pessoas e incomodam os
vizinhos da rua residencial.
Em depoimento à polícia, o
universitário confessou ter empurrado o aposentado, mas disse que em
seguida teria se arrependido e o ajudado a se levantar.
Rafael
Batista, um dos moradores da república Vó Gina, diz que o estudante não
era conhecido e que, como a agressão aconteceu fora da república, os
organizadores da festa só souberam da briga depois do ocorrido.
"Foi
uma surpresa para gente a agressão. Nunca ocorreu um fato dessa
proporção nas festas das repúblicas por ali", afirma Guilherme de Lucas,
membro da associação de repúblicas. "Estamos apurando o que aconteceu,
vamos ver o que houve de errado e discutir na universidade o que podemos
fazer para evitar que isso volte a acontecer."
O caso foi registrado na 2ª Delegacia Policial de Santo André como lesão corporal e perturbação da tranquilidade.
Indignada
com a situação, Débora Vaccari diz que a família pretende processar o
universitário pela agressão. "É surreal que um jovem espanque um idoso
de 81 anos. Temos medo porque isso pode voltar a acontecer e os irmãos
do meu avô [que moram na mesma rua] poderiam ser os próximos a sofrer
agressão."
Até a publicação desse texto, o estudante acusado de agressão não foi encontrado para comentar o caso.
Veja casos de violência em universidades e repúblicas do País
Cartaz em apoio a aluna vítima de tentativa de estupro na Poli-USP (9.10.2013). Foto: Reprodução
Cheia histórica atinge nove dos 22 municípios do Estado. Até hoje, 105 mil habitantes tiveram de abandonar suas casas
As
enchentes no Acre já deixaram 11.682 pessoas desabrigadas, segundo o
último boletim divulgado neste sábado pelo Ministério da Integração
Nacional. A maior parte das vítimas está em Rio Branco.
As fortes
chuvas que atingem o Estado da região Norte castigam moradores de nove
dos 22 municípios acrianos: Assis Brasil, Brasileia, Epitaciolândia,
Manuel Urbano, Porto Acre, Rio Branco, Santa Rosa do Purus, Sena
Madureira e Xapuri.
De acordo com o boletim, 133.387 pessoas foram afetadas pelas enchentes, o que significa um a cada seis moradores do Acre.
Dessas,
105.674 habitantes já tiveram de deixar suas casas por conta das
enchentes. A maioria deles (94,8 mil) moram em Rio Branco. Sena
Madureira também soma um grande número de desalojados (5.894).
Até
o momento, apenas uma morte foi registrada em decorrência da cheia
histórica do Rio Acre em Rio Branco. Fátima Lima de Moura, de 62 anos,
morreu em decorrência de uma forte descarga elétrica, segundo o governo
do Acre.
Seis
municípios do Acre têm desabrigados: Assis Brasil, Brasileia,
Epitaciolândia, Xapuri, Cruzeiro do Sul e Rio Branco sofrem com as
enchentes. Foto: Agência de Notícias do Acre
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Nível dos rios
O
nível do rio Acre estava em 6,95 metros em Brasileira e Epitaciolância,
segundo medição do Corpo de Bombeiros Militar (CBMAC) na manhã deste
sábado (28).
Em Xapuri, apesar do nível do rio ter baixado para
17, 62 metros, ainda permanece bem acima da cota de transbordamento que é
de 13,40 metros. No município, cerca de 1,2 mil pessoas foram
atingidas.
Na capital acriana, o nível do rio continua subindo. Às 9 da manhã deste sábado, o nível do rio na capital era de 16,89 metros.
Em Sena Madureira, o nível do Rio Iaco continua subindo e media na manhã deste sábado 16,75 metros.