Deputado liberou a retomada da discussão de um projeto
patrocinado pela bancada evangélica que define família apenas como união
entre homem e mulher
12/02/15, 16:42
D |
epois
de garantir que não vai colocar em votação qualquer projeto que trate da
legalização do aborto, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ),
também autorizou a criação de uma comissão especial que tem potencial
para criar um novo atrito com ativistas ligados aos movimentos gays e a
bancada do PT.
Cunha liberou
a retomada da discussão de um projeto patrocinado pela bancada
evangélica que define família apenas como união entre homem e mulher e
que, na prática, pode proibir a adoção de crianças por casais
homossexuais.
A comissão
especial acelera a tramitação do projeto, que é intitulado de Estatuto
da Família. Ele terá votação final nessa comissão, sem precisar passar
por análise de outros quatro colegiados.
Essa proposta começou a ganhar força em 2014, mas acabou travada por manobras regimentais do PT. O partido é contra vários pontos da proposta. Ele ainda dificultaria o cumprimento de uma das promessas de campanha da presidente Dilma Rousseff de apoiar a criminalização da homofobia.
A bancada evangélica, com 80 deputados, articula indicações dos partidos para dominar a formação da comissão.
Essa proposta começou a ganhar força em 2014, mas acabou travada por manobras regimentais do PT. O partido é contra vários pontos da proposta. Ele ainda dificultaria o cumprimento de uma das promessas de campanha da presidente Dilma Rousseff de apoiar a criminalização da homofobia.
A bancada evangélica, com 80 deputados, articula indicações dos partidos para dominar a formação da comissão.
Homem e mulher
Em discussão,
o Estatuto da Família traz como definição de família um núcleo formado a
partir da união entre homem e mulher, por meio de casamento ou união
estável, ou comunidade formada por qualquer dos pais e seus
descendentes.
Os deputados
religiosos defendem que o texto tenha a previsão de que a adoção só
poderá ser realizada por adotantes que sejam casados civilmente ou que
mantenham a união estável, segundo o que determina o artigo 226 da
Constituição.
Na prática, a
ideia do parecer do deputado é proibir a adoção de crianças por casais
gays. Apesar desse tipo de adoção não estar presente em lei, a Justiça
tem garantido.
O projeto
também prevê a possibilidade de internação compulsória para usuários de
drogas após avaliação de um juiz e do Ministério Público e a inclusão de
uma disciplina chamada "Educação para a família" no currículo escolar.
Evangélico, Cunha se nega a colocar em votação qualquer projeto que trate da legalização do aborto.
"Aborto eu
não vou pautar (para votação) nem que a vaca tussa", disse, em
entrevista ao site do jornal "O Estado de S. Paulo". "O último projeto
de aborto eu derrubei na Comissão de Constituição e Justiça. No aborto,
sou radical."
Fonte: JL/Folhapress
Nenhum comentário:
Postar um comentário