Produtos como acarajé, almoço, água mineral, água de coco, entre outros, tiveram um aumento significativo
Rayllanna Lima | 23/02/2015 - 07:41
Apesar do fim do Carnaval, os preços de bebidas e comidas continuam em alta nos pontos turísticos de Salvador. E aproveitando que a cidade está cheia de visitantes, muitos comerciantes, principalmente em pontos turísticos aumentaram seus produtos bem mais que a inflação, e quem acaba sofrendo muito com isso é o baiano. A Tribuna da Bahia percorreu alguns pontos da cidade e constatou uma grande diferença no valor dos produtos.
Produtos como acarajé, almoço, água mineral, água de coco, entre outros, tiveram um aumento significativo. Quem não quiser se sentir lesado ao comprar um alimento e encontrar o mesmo produto mais barato a alguns metros vai ter que pesquisar. No Mercado Modelo, por exemplo, enquanto uma baiana vende o acarajé por R$ 8 com camarão, a cerca de 40 metros de distância outra baiana vende por R$ 5, também com camarão.
“As vendas ainda estão fracas, mas graças a Deus não tenho do que reclamar. Mas a expectativa é que comece aumentar amanhã [hoje]. Aqui o valor é esse: R$ 5 com camarão”, disse a Lúcia do Acarajé, que vende seu produto há 25 anos em frente ao Mercado Modelo.
Com tudo isso, quem muito sofre é o baiano. E esses reclamam dos valores abusivos cobrados na cidade do Salvador. “Estou pagando na água de coco o que pagaria para utilizar o transporte público. Foi-me cobrado R$ 3 pelo produto”, contou o funcionário público, Fernando Cerqueira.
Mas não são apenas os baianos que reclamam dos valores abusivos cobrados pelos comerciantes. A mineira Juliana Martinez, que veio curtir o Carnaval na Bahia, não gostou pagou uma diferença de R$ 1,50 na água de coco de um bairro para outro.
“Fui à Praia do Flamengo e paguei R$ 4 reais em uma água de coco. Fiquei abismada, mas paguei. Meu susto maior foi chegar na Ondina e pagar quase metade do valor: R$ 2,50”, desabafou.
“Fui à Praia do Flamengo e paguei R$ 4 reais em uma água de coco. Fiquei abismada, mas paguei. Meu susto maior foi chegar na Ondina e pagar quase metade do valor: R$ 2,50”, desabafou.
Apesar das constantes reclamações populares, os comerciantes negam que tenham aumentado a tabela de preços por conta do Carnaval. Comerciantes, baianas, ambulantes, todos afirmam que, durante a festa momesca, o valor de seus produtos continua o mesmo que era cobrado anteriormente.
Um das razões pelas quais alguns produtos estejam caríssimos é a fraca movimentação nas ruas. “O movimento ainda é minimalista. Ano passado estava melhor em tudo. A essa altura, na véspera do Carnaval, as vendas já estavam bem mais altas. A cidade ainda está muito parada, vamos ver aí nos próximos dias. Mas o preço continua o mesmo, a gente aqui não aumentou”, contou o comerciante que atua no Centro da Cidade, Obenilton Lopes.
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