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terça-feira, 24 de março de 2015

Lixo é transformado em "arte" para conscientizar sobre limpeza da Baía da Guanabara

Reuters
Brinquedos coletados na Baía de Guanabara em exposição no Rio de Janeiro
Brinquedos coletados na Baía de Guanabara em exposição no Rio de Janeiro
Foto: Reuters
Por Stephen Eisenhammer
RIO DE JANEIRO (Reuters) - Um computador quebrado com os fios à mostra: 60 mil dólares. Uma cadeira amarela de plástico quebrada: 16 mil dólares. Uma mochila velha e manchada: 8 mil dólares. Água mais limpa para as provas de vela na Olimpíada: não tem preço.
O itens estragados, retirados da Baía de Guanabara, na verdade não estão à venda no shopping de luxo em que estão expostos no Rio de Janeiro. Mas os preços atrelados a eles refletem o custo do lixo jogado na baía, onde serão disputadas as competições de vela da Olimpíada de 2016.
A mostra Achados da Guanabara busca personificar a poluição, pressionando as pessoas a se sentirem responsáveis pelo lixo que jogam na água. Um barco e mergulhadores coletaram os objetos.
Como parte de sua candidatura olímpica, o Rio prometeu limpar 80 por cento da baía até a Olimpíada. Mas representantes do Estado já assumiram que a meta não é viável para 2016.
Apesar de milhões de dólares terem sido investidos nos últimos anos, a baía de Guanabara continua cheirando a esgoto. Velejadores que visitaram a cidade para eventos-teste se depararam com um sofá e um cachorro morto boiando na água.
Para Fernanda Cortez, que trabalha para o grupo ambiental Menos 1 Lixo e é responsável pela exibição, a limpeza da baía precisa atrair uma maior consciência do público, assim como necessita de suporte do governo.
"Não existe uma organização mágica que consiga resolver essas questões sozinhas... É realmente muito importante que os cidadãos entendam que são responsáveis por poluir a baía e que têm um papel a desempenhar em limpá-la", disse Fernanda à Reuters nesta terça-feira durante a exibição, em um shopping na zona sul do Rio de Janeiro.
"Esses itens que estão em exibição não foram simplesmente parar na baía, alguém jogou ali", acrescentou Fernanda.
O biólogo marinho Marcelo Szpilman calculou os preços para cada objeto estragado ao estimar o custo do dano ambiental causado, levando em consideração o tempo que cada item leva para se decompor.
Fernanda disse que o Menos 1 Lixo está em conversas com o Comitê Olímpico Internacional (COI) para trabalharem juntos na conscientização sobre os danos causados pelo despejo de lixo na baía.
"Ainda não há nada fechado, mas eles estão abertos à ideia", disse Cortez.

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