“Sem a Feira, até o sol se escondeu”, brinca empresário. Avenida Centenário vibrou sob movimento; feira continua hoje no local
Há quanto tempo você não botava os pés fora de casa? Baiano que é baiano não gosta de chuva. Enfim, o sol deu as caras neste Outono. Voltou com força e muito bem acompanhado. A Feira da Cidade e seus irresistíveis estandes invadiram a Avenida Centenário. Valeu o sábado.
Depois de 50 dias de hiato, os pratos dos melhores chefs da cidade puderam ser novamente traçados ali, no meio da rua, a preços populares. A Feira tinha dado uma parada e seu retorno, por conta das chuvas, chegou a ser adiado em uma semana. Ontem, enfim, foi dia de matar a saudade.
A espera terminou. De volta, a Feira da Cidade trouxe também o sol. O chef Jorge Moura, craque da comida mexicana, comemora: ‘O sol estava escondido porque não tinha feira’
(Foto: Betto Jr) |
“Finalmente! Senti falta!”, disse a microempresária Gisele Teixeira, 33 anos, que quase contou os dias para a volta. “Dois meses, né? Não pode mais parar”. O chef de cozinha Jorge Moura, 38, preparando com gosto os pratos do mexicano Me Gusta, brincou: “Sem a Feira, até o sol se escondeu”.
A saudade era geral. Tanto para o público quanto para os expositores, que podem dar visibilidade a seus produtos. “Hoje eu tenho mais de 3 mil seguidores no Instagram e contratei uma funcionária de cozinha, além de duas free lancers que me ajudam aqui. Meu negócio cresceu por causa da Feira”, disse Duda Lima, que vende bolos e brownies no pote desde que o evento foi criado.
Os modelos Suéllen e Guilherme, que trabalham no evento, caem de boca nos quitutes(Foto: Betto Jr)
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Todo mundo sai ganhando. Inclusive os modelos Suéllen Massena, 23, e Guilherme Silva, 28, que foram contratados para exibir a marca da Feira, mas não dispensaram o pirão da Nina. Ela foi no de camarão. Ele caiu matando no de carne de sol. “Aqui, a gente trabalha e usufrui das delícias”.
A Feira, que continua hoje e volta sábado que vem, no Imbuí, também cumpre bem a função de ocupar espaços públicos. A própria Centenário normalmente não teria a frequência que teve ontem. “Isso aqui é meio morto, mesmo no sábado. A cidade tem muitos espaços que precisam disso”, opinou o relações públicas Fausto Matos, 41 anos.
João Victor, 9 anos, caiu com gosto na brotinho de marguerita(Foto: Betto Jr)
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Além de comida, a Feira tem moda e música. No retorno do evento, a marca Velho Chico, linha de roupas com ilustrações inspiradas em elementos nordestinos, enfrentou o crivo das ruas pela primeira vez. “A gente só tem loja virtual. É uma nova experiência”, disse o criador dos desenhos, Tamir de Oliveira, 26. O conceito de feira gourmet agrada.
A Food Truck, que reúne caminhões adaptados para fazer comida, é mais uma feira gourmet a agradar aos soteropolitanos. Ela fica a semana inteira, até domingo que vem(Foto: Betto Jr)
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Tanto que, no sábado (23), a Feira da Cidade não foi a única na rua. A Food Truck, com comidas entre R$ 5 e R$ 20 vendidas em caminhões adaptados, teve a sua primeira edição. No estacionamento do Shopping da Bahia, nove “trucks” cheios de sabor fizeram a alegria de estômagos como o de João Victor, 9 anos. Devorou rápido a brotinho de marguerita da Leka Truck, talvez a campeã em vendas.
“É uma delícia trazer a alta gastronomia para a rua”, disse Alessandra Hattori, a Leka, que trabalhou no restaurante Amado. A Food Truck continua a semana inteira, até domingo que vem.
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