Wagner Moraes afirmou que Raquel omitiu uso de medicamentos.
'Ela estava com uma bomba no corpo', disse em entrevista à GloboNews.
O médico Wagner Alberto de Moraes, responsável pelo procedimento estético realizado pela modelo Raquel Santos horas antes de morrer, disse em entrevista à GloboNews que suspeita de overdose por uso de anabolizantes como causa da morte. Ele afirmou que só soube do uso da substância potenay, estimulante usado em cavalos, após o óbito.
Segundo o médico, nas fichas preenchidas por Raquel em seu consultório ela omitiu o uso de qualquer substância. "Ela não fala [nas fichas] nem das cirurgias nem do que ela usava. Ela diz que não usava nada. Eu jamais soube que ela usava uma proteína animal chamada protenay. Depois que aconteceu a morte que o marido veio me contar que ela injetava, sozinha, nas coxas, diariamente, esse produto, além de ser uma fumante inveterada. Ela fumava mais de três maços por dia. Ela tinha um pigarro constante. Ela estava com uma bomba no corpo, que ia estourar ontem, anteontem…”, afirmou o médico.
Alvo de uma sindicância aberta pelo Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) para apurar as circunstâncias da morte da modelo, Wagner de Moraes disse que a autopsia irá comprovar que o procedimento feito por ele na modelo não provocou a morte dela. “Ela deve ter feito uma uma superdosagem, por ela própria, do protenay, e ela teve uma overdose, o coração dela não aguentou”, destacou.
Inquérito policial
O caso também é investigado pela polícia, queimpediu o enterro do corpo de Raquel na terça-feira para que ele fosse submetido a exame no Instituto Médico-Legal. O delegado Mário Landlet, responsável pelo inquérito, disse em entrevista ao RJTV que o marido da modelo, Gilberto Azevedo, confirmou em depoimento que o médico Wagner Moraes desconhecia que a paciente fizesse uso de anabolizante.
O caso também é investigado pela polícia, queimpediu o enterro do corpo de Raquel na terça-feira para que ele fosse submetido a exame no Instituto Médico-Legal. O delegado Mário Landlet, responsável pelo inquérito, disse em entrevista ao RJTV que o marido da modelo, Gilberto Azevedo, confirmou em depoimento que o médico Wagner Moraes desconhecia que a paciente fizesse uso de anabolizante.
“Segundo o marido, nas declarações dele, ele teria perguntado ao médico se ela tinha informado que ela era fumante e que teria feito uso desses anabolizantes. O médico, segundo informação do marido da vítima, teria declarado que ela não tinha informado nada”, destacou o delegado.
O delegado esclareceu que a polícia foi acionada pelo cartório de registro civil que iria expedir a certidão de óbito de Raquel. “Houve uma solicitação de dúvida por parte do cartório em relação à causa morte que estava na declaração de óbito”.
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“Segundo o marido nas declarações dele ele teria perguntado ao médico se ela tinha informado que ela era fumante e que teria feito uso desses anabolizantes. O médico, segundo informação do marido da vítima, teria declarado que ela não tinha informado nada. A declaração de óbito, assinada pelo médico Wagner Moraes, dizia que ela era fumante inveterada e usava anabolizante para animal. O cartório estranhou o fato do corpo da modelo não ter sido submetido a necropsia.
O delegado ressaltou que além da causa morte, apura o motivo pelo qual o médico Wagner Moraes usou no atestado de óbito um carimbo pertencente ao Hospital Municipal Carlos Tortelly, em Niterói, sendo que Raquel havia sido socorrida no Hospital Icaraí, em outro bairro da cidade.
"É preciso esclarecer por que o médico usou este carimbo, se a vítima não estava na unidade e o cirurgião nem trabalha lá", explicou o delegado, acrescentando que Moraes pode responder por uso de documento falso e falsidade ideológica, se ficar comprovada alguma irregularidade.
O delegado ressaltou que além da causa morte, apura o motivo pelo qual o médico Wagner Moraes usou no atestado de óbito um carimbo pertencente ao Hospital Municipal Carlos Tortelly, em Niterói, sendo que Raquel havia sido socorrida no Hospital Icaraí, em outro bairro da cidade.
"É preciso esclarecer por que o médico usou este carimbo, se a vítima não estava na unidade e o cirurgião nem trabalha lá", explicou o delegado, acrescentando que Moraes pode responder por uso de documento falso e falsidade ideológica, se ficar comprovada alguma irregularidade.
Obsessão pela beleza
O médico Wagner Moraes destacou ainda na entrevista à Globo News que uma semana antes de realizar o procedimento estético para correção de marcas de expressão no rosto de Raquel ele negou à modelo fazer uma intervenção nas nádegas. “Ela me procurou uma semana antes para fazer um aumento de bumbum e eu recusei, porque eu uso prótese de glúteo e ela não queria prótese porque disse que não daria tempo de ficar boa para o carnaval”, declarou o médico.
O médico Wagner Moraes destacou ainda na entrevista à Globo News que uma semana antes de realizar o procedimento estético para correção de marcas de expressão no rosto de Raquel ele negou à modelo fazer uma intervenção nas nádegas. “Ela me procurou uma semana antes para fazer um aumento de bumbum e eu recusei, porque eu uso prótese de glúteo e ela não queria prótese porque disse que não daria tempo de ficar boa para o carnaval”, declarou o médico.
A obsessão de Raquel em busca de um corpo perfeito foi relatada ao G1 pelo marido dela durante o velório de terça-feira. "Ela era fascinada por isso, carnaval, malhar, essas coisas. E ela queria sempre mais. Eu achava que ela, feia ou bonita, era ótima. Mas ela queria sempre mais, sem necessidade", destacou Gilberto.
O corpo de Raquel só foi enterrado no fim da tarde desta quarta-feira (13), depois da realização da necropsia no IML de Niterói. O funeral aconteceu no Cemitério Parque da Paz, em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio.
O corpo de Raquel só foi enterrado no fim da tarde desta quarta-feira (13), depois da realização da necropsia no IML de Niterói. O funeral aconteceu no Cemitério Parque da Paz, em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio.
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