Menino de dois anos morreu após passar 5 horas trancado em carro em MT.
Causa da morte foi asfixia por confinamento, segundo laudo do IML.
A Polícia Civil acredita que a Justiça deverá aplicar o perdão judicial após o envio do inquérito que apura a morte de uma criança de dois anos que foi esquecida dentro de um carro em Cuiabá. Frederico era filho do delegado Geraldo Gezoni, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), e morreu na última terça-feira (26).
O caso será investigado pela Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica). Segundo o delegado Eduardo Botelho, o procedimento de investigação é comum na polícia e, após o fim da apuração do caso, o inquérito será encaminhado ao Poder Judiciário.
“Só a Justiça pode conceder o perdão judicial. Mas ele é normalmente aplicado em casos como esse, porque se entende que não há pena maior para o pai do que a morte do próprio filho”, afirmou Botelho.
O delegado disse que aguarda apenas o encaminhamento do expediente por parte da DHPP, que atendeu o caso, e o resultado do exame de necropsia da criança para realizar a abertura do inquérito.
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O caso
Segundo o laudo o Instituto de Medicina Legal (IML), a causa da morte foi asfixia por confinamento. Frederico passou cerca de cinco horas no banco de trás de um carro fechado.
Segundo o laudo o Instituto de Medicina Legal (IML), a causa da morte foi asfixia por confinamento. Frederico passou cerca de cinco horas no banco de trás de um carro fechado.
O menino, filho único, deveria ter sido levado para uma escolinha no início da tarde, mas o pai acabou indo direto para o trabalho. Ele só percebeu o que havia acontecido no final da tarde.
Frederico chegou a ser socorrido numa unidade de Pronto Atendimento particular da capital, mas não resistiu.
Relato
No hospital, o delegado disse à polícia que por volta de 14h [horário de Mato Grosso] estava levando Frederico para a escola e que o filho dormia na cadeirinha no banco traseiro do veículo. No trajeto, Gezoni foi chamado pelos colegas para um procedimento de transferência de uma pessoa detida para um presídio.
No hospital, o delegado disse à polícia que por volta de 14h [horário de Mato Grosso] estava levando Frederico para a escola e que o filho dormia na cadeirinha no banco traseiro do veículo. No trajeto, Gezoni foi chamado pelos colegas para um procedimento de transferência de uma pessoa detida para um presídio.
O delegado, que era o responsável pela DHPP naquele dia, foi para a delegacia atender ao chamado. Ele diz que estacionou o carro no pátio e acabou esquecendo o filho. Ao final do dia, o delegado foi para casa e ao encontrar a mulher percebeu que a criança estava desmaiada no carro.
O casal ainda tentou reanimar o menino e o levou para o pronto-atendimento, onde a morte do menino foi declarada. O corpo da criança foi sepultado na quarta-feira (27), no Cemitério Parque Bom Jesus de Cuiabá.
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