A prefeitura divulgou, nesta quinta-feira (30) que 376 famílias moradoras de áreas de risco e atingidas pelas chuvas dos últimos dias já foram assistidas - 276 delas beneficiadas com o Aluguel Social e outras 100 recebidas em abrigos. Ainda ontem, as equipes de vistoria da prefeitura e do governo do estado voltaram à comunidade do Barro Branco para dar continuidade ao cadastro dos desabrigados no local, onde 11 pessoas morreram soterradas - ontem foi sepultado no cemitério Campo Santo o corpo de José Cosme de Oliveira Lins, 57, última vítima do deslizamento na área.
Também na tarde de ontem, o prefeito ACM Neto sancionou a lei aprovada na Câmara Municipal, na véspera, que estabelece o auxílio-emergência para as vítimas de perdas em desastres. O valor concedido pela prefeitura está limitado em até três salários mínimos através de parcela única e proporcional às perdas sofridas.
De acordo com o prefeito, a Semps vai coordenar a concessão do benefício. As famílias podem começar a se cadastrar, a partir de segunda-feira, na nova sede da secretaria, na Rua Miguel Calmon, no Comércio. “Não haverá nenhuma pessoa que esteja em situação de risco e fique sem o auxílio da prefeitura. O auxílio ajuda a população que fica preocupada também com os seus pertences”, declarou.
Outra novidade apresentada por Neto foi a extensão do tempo para o pagamento do auxílio-moradia, de R$ 300, que antes só podia ser concedido por até seis meses. Agora, passa a vigorar por um ano. “É um tempo que garante o restabelecimento dessas famílias”, disse.
O Exército também atua no auxílio às vítimas, e já ofereceu quatro caminhões e 37 homens para ajudar nas mudanças. A casa da doméstica Ana Lúcia Oliveira, 37, não foi atingida pelo deslizamento, mas está em área de risco. Anteontem, ela e a filha de 3 anos deixaram o imóvel e foram para o Hotel Print, na San Martin, um dos abrigos oferecidos pela prefeitura. Diariamente, ela retorna à casa para empacotar material.
“Os meninos estão conseguindo umas caixas e eu estou guardando as coisas. A assistente social fez meu cadastro e pediu para eu aguardar o Exército”, contou. Segundo a Codesal, após a retirada dos móveis, as casas serão demolidas.
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