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quinta-feira, 7 de maio de 2015

Secretaria municipal afirma que São Paulo vive epidemia de dengue

Taxa de incidência chegou a 340,1 casos por 100 mil habitantes.
'Na média, município está numa situação epidêmica', diz secretário.

Paulo Toledo PizaDo G1 São Paulo
A Prefeitura de São Paulo diz ter registrado 38.927 casos confirmados de dengue nas 16 primeiras semanas do ano. O número é 2,7 vezes maior que o mesmo período de 2014, quando a cidade computou 14.219 casos. Até agora, a Secretaria Municipal da Saúde confirmou oito mortes decorrentes da doença. Outros 25 óbitos são investigados.
Na média, o município está em uma situação epidêmica.  (...) A média é uma medida burra quando eu tenho distribuições irregulares, diferenças muito grandes no município."
Paulo Puccini,
secretário-adjunto de Saúde
Com os 38.927 casos registrados, a taxa de incidência chegou a 340,1 casos por 100 mil habitantes, patamar considerado epidêmico. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é considerada epidemia quando os casos passam de 300 por 100 mil.

"Na média, o município está em uma situação epidêmica", afirmou o secretário-adjunto de Saúde, Paulo Puccini.
Ele, porém, ressaltou que não há motivo para pânico. "A média é uma medida burra quando eu tenho distribuições irregulares, diferenças muito grandes no município", afirmou. Para o secretário, bairros com altíssimas taxas de incidência, como Pari (1.482,5 casos por 100 mil habitantes) e Brasilândia (1.879,9) puxaram a média para cima.
Dos 96 distritos da cidade, 31 enfrentam epidemia da doença, sendo a maioria na Zona Norte (38,7%).
O bairro com mais casos é Brasilândia, que registrou 5.076. Também estão em situação de epidemia Pari, Raposo Tavares, Pirituba, Freguesia do Ó, Jaraguá, Cidade Ademar, Cachoeirinha, Rio Pequeno, Perus, Limão, Parque do Carmo, Casa Verde, Pedreira, Vila Maria, Itaquera, Jardim Ângela, São Miguel, Ermelino Matarazzo, Mooca, Penha, Aricanduva, Jabaquara, Vila Medeiros, Vila Prudente, Jaçanã, Capão Redondo, Cangaíba, Bom Retiro, Vila Formosa e Lapa.
Segundo o secretário-adjunto, apesar do elevado número de casos, a tendência é de estabilização. Ele apontou a constante queda nos registros entre a 12ª semana do ano (quando foram notificados 5.953) e a 14ª (4.277). "Estabilizamos os o processo de crescimento da dengue."
Exército
Um grupo de 50 homens do Exército passou a integrar equipes de combate à dengue em São Paulo no fim de abril. Os soldados iniciaram os trabalhos no bairro do Limão, na Zona Norte.
Eles fazem duplas com agentes de saúde de manhã e à tarde para facilitar a entrada das equipes em imóveis que podem ter focos do mosquito transmissor da doença.
A Prefeitura pediu apoio do Exército porque uma das dificuldades que os agentes de saúde encontram nas ruas é a resistência dos moradores. Na capital, de cada dez casas visitadas, em duas os agentes não recebem autorização para entrar.
Por enquanto, todos os homens do Exército vão trabalhar na Zona Norte que é a região em situação mais crítica.

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