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terça-feira, 2 de junho de 2015

Helicóptero com filho de Alckmin tinha controles desconectados, diz FAB

02/06/2015 16h53 - Atualizado em 02/06/2015 18h15

Helicóptero com filho de Alckmin tinha controles desconectados, diz FAB

Segundo a FAB, destroços da aeronave não indicam causa da queda.
Acidente ocorreu em abril, na Grande São Paulo, e matou cinco pessoas.



Do G1, em Brasília
SP acidente helicóptero filho de Alckmin (Foto: Reprodução/TV Globo)Imagem da decolagem do helicóptero com o filho
de Alckmin (Foto: Reprodução/TV Globo)
A Força Aérea Brasileira (FAB) informou nesta terça-feira (2) que dois componentes fundamentais para controle da aeronave estavam desconectados desde antes da decolagem do helicóptero PP-LLS, que caiu em abril na Grande São Paulo. O acidente matou Thomaz Rodrigues Alckmin, filho mais novo do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e mais quatro pessoas.
No dia 2 de abril, o helicóptero caiu em Carapicuíba, na Grande São Paulo. Além do caçula de Alckmin, morreram o piloto Carlos Haroldo Isquerdo Gonçalves, de 53 anos, e os mecânicos Paulo Henrique Moraes, de 42, Erick Martinho, de 36, e Leandro Souza, de 34.
Por meio de nota, a FAB informou que os "controles flexíveis" e as "alavancas", dois dos componentes apontados como "fundamentais" para o controle da aeronave durante o voo, estavam desconectados antes da decolagem.
Embora o texto da nota informe que os dispositivos estavam desconectados "antes da decolagem", a FAB esclareceu, em resposta a consulta do G1, que permaneceram desconectados durante o voo. A nota não informa o motivo da desconexão.
"Controles flexíveis (ball type) e alavancas (bellcranck) – dois componentes fundamentais para o piloto controlar a aeronave em voo – estavam desconectados antes da decolagem", diz a nota da FAB.
Destroços
O exame dos destroços do acidente aponta que os danos nos demais componentes da aeronave foram consequências, e não causas, da queda, informou a FAB.
Além disso, o órgão declarou que as evidências, até o momento, apontam que o comandante pilotou o helicóptero em todas as fases do voo.
O voo do dia do acidente foi o primeiro daquele helicóptero após quase dois meses de intervenções previstas de manutenção, conforme a FAB. O órgão comunicou que a comissão que investiga o acidente estuda os documentos do helicóptero e os serviços realizados pelas empresas de manutenção.
Veja no vídeo abaixo imagens de câmeras de segurança com o momento da queda:
A nota da FAB informa que, "pelo fato de a investigação estar em andamento, ainda não é possível apontar conclusões acerca dos fatores contribuintes que desencadearam o acidente".
Além disso, de acordo com a FAB, os acidentes aeronáuticos não ocorrem por uma causa isolada, mas por uma série de fatores contribuintes encadeados.
Nota
Veja a íntegra da nota divulgada pela FAB:
CENIPA informa sobre as investigações do helicóptero PP-LLS
Quanto à investigação do acidente com o helicóptero de matrícula PP-LLS, ocorrido no dia 2 de abril, em Carapicuíba-SP, conduzida pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), este Centro de Comunicação Social (CECOMSAER) informa:
1- Segundo exame dos destroços, os danos encontrados nos motores, transmissão principal e de cauda, pás do rotor principal e de cauda e demais componentes da aeronave foram consequências e não causas da queda.
2- Controles flexíveis (ball type) e alavancas (bellcranck) – dois componentes fundamentais para o piloto controlar a aeronave em voo – estavam desconectados antes da decolagem.
3- A Comissão de Investigação estuda a documentação da aeronave e dos serviços realizados pelas empresas de manutenção.
4- O voo do dia 2 de abril foi o primeiro do PP-LLS após quase dois meses de intervenções previstas de manutenção.
5- Até o momento, as evidências apontam que o comandante estava pilotando a aeronave em todas as fases do voo.
6- Os investigadores analisam ainda os componentes eletrônicos da aeronave, com apoio dos representantes acreditados designados pelo BEA (Bureau d´Enquêtes et d´Analyses), órgão francês de investigação.
7- Pelo fato de a investigação estar em andamento, ainda não é possível apontar conclusões acerca dos fatores contribuintes que desencadearam o acidente.
8- É importante ressaltar que os acidentes aeronáuticos não ocorrem por uma causa isolada, mas por uma série de fatores contribuintes encadeados.
9- Por fim, o objetivo principal da investigação é identificar os fatores contribuintes que gerarão recomendações de segurança, completando assim o ciclo da prevenção de acidentes.
Brasília, 02 de junho de 2015.
Brigadeiro do Ar Pedro Luís Farcic
Chefe do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica

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