O bloco exclusivamente masculino, traz cultura à folia baiana
Laís Oliveira | 15/02/2015 - 18:55
Foto: iG Bahia
O afoxé desfila levando a mensagem de paz em suas bandeiras
Com batidas de afoxé, cânticos tradicionais, "Ajayô" e cheiro de Alfazema, o Filhos de Gandhy chegou ao circuito Campo Grande, no começo da noite deste domingo (15/2), trazendo a diversidade para as ruas, cobrindo as ruas de branco e azul.
O afoxé exclusivamente masculino, traz cultura à folia baiana, e desfila levando a mensagem de paz em suas bandeiras, com o famoso banho de milho branco e maçãs atiradas, além do pombo.
"Alfazema traz cheiro de paz, vamos jogar para cima e perfurmar esse lugar lindo. Muita energia positiva, muito axé, paz e tranquilidade", disse um dos integrantes do grupo, antes de começar a cantar a música "Alfazema".
O cantor Magary Lord também recebeu banho de milho em cima do trio.
A saída do Afoxé, no Pelourinho - Foto: Sidney Rocharte
O camelo carregando uma criança é tradição no afoxé - Foto: Agecom
O tapete branco formado pela passagem do afoxé - Foto: iG Bahia
A história do afoxé
O afoxé Filhos de Gandhy, fundado por estivadores portuários da cidade no dia 18 de fevereiro de 1949, tornou-se o maior e dito o mais belo Afoxé do Carnaval da Bahia, em Salvador.
Constituído exclusivamente por homens e inspirado nos princípios de não violência e paz de Mahatma Gandhi, o bloco traz a tradição da religião africana ritmada pelo agogô nos seus cânticos de ijexá na língua Iorubá. Utilizaram lençóis e toalhas brancos como fantasia, para simbolizar as vestes indianas.
O nome do bloco foi sugerido por "Vavá Madeira", inspirado na vida do líder pacifista Mohandas Karamchand Gandhi, trocando-se, entretanto, a letra "i" por "y", com a intenção de evitar possíveis represálias pelo uso do nome de uma importante figura do cenário mundial. Batizou-se então o bloco com o nome "Filhos de Gandhy".
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