Minutos após a abertura, ações eram vendidas a US$ 43.
Companhia foi avaliada em US$ 104 bilhões.
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As ações do Facebook estrearam nesta sexta-feira (18) na Nasdaq, bolsa de valores de empresas de tecnologia em Nova York, operando em alta. Às 12h35 (horário de Brasília), apenas minutos após a abertura dos negócios, os papéis, negociados com o símbolo FB, subiam 12%, a US$ 43 --o valor previsto inicialmente era de US$ 38.
Houve um atraso de pouco mais de 30 minutos para o início das vendas dos papéis. Segundo Peter Cardillo, estrategista da Rockwell Global Capital, houve um atraso devido à grande demanda, que sobrecarregou os sistemas da Nasdaq.
Logo após a abertura, a companhia já era avaliada em US$ 117,82 bilhões. Por volta das 12h50, os papeis estavam sendo vendidos a US$ 38,12, uma alta de 0,31% em relação ao valor inicial da ação.
Enquanto o Facebook subia, outras empresas de internet tiveram quedas neste início de tarde. Por volta das 12h40, o LinkedIn caia 2,6%; o Groupon, 6%; o Pandora, 5% e o Yelp, 3,2%, segundo informações do "Wall Street Journal".
Mesmo depois da abertura, houve relatos de problemas para fazer a negociação das ações, revelou o jornal. A Nasdaq estaria tendo problemas com seus sistemas de trocas que enviam mensagens de confirmação a quem comprou ou vendeu ações. Uma fonte do "Wall Street Journal" disse que os compradores estavam ficando frustrados com a falha.
Abertura
Na abertura dos negócios, o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, postou em sua página na rede social: "Mark Zuckerberg listou uma empresa na NASDAQ. — com Chris Cox e outras 4 pessoas".
Na abertura dos negócios, o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, postou em sua página na rede social: "Mark Zuckerberg listou uma empresa na NASDAQ. — com Chris Cox e outras 4 pessoas".
Na oferta inicial de ações – que não ocorre em pregão – as ações foram vendidas a US$ 38. Com este valor por ação, a companhia foi avaliada em US$ 104 bilhões e pode levantar pouco mais de US$ 16 bilhões no processo de oferta pública inicial (IPO, em inglês) - o maior já arrecadado por uma empresa de internet nos Estados Unidos.
O Facebook apresentou seus documentos para realizar o IPO ao órgão regulador dos mercados norte-americano no início de fevereiro. A faixa de preço inicial de ações estimada pela companhia foi de US$ 28 a US$ 35, mas o valor acabou aumentando para uma faixa de US$ 34 a US$ 38 e estabelecido no número mais alto. Nesta semana, a empresa também anunciou que oferecerá 25% a mais de ações do que havia previsto.
Durante o período, Mark Zuckerberg, o fundador e CEO da empresa, também teve que responder a críticas envolvendo a aquisição do Instagram, por US$ 1 bilhão, e da startup Glancee. O executivo foi criticado por, segundo o "Wall Street Journal", ter negociado a aquisição do Instagram por conta própria e avisado o conselho da companhia da movimentação apenas no dia 8 de abril --a compra foi divulgada na imprensa no dia 9 de abril.
Entre as instituições envolvidas na oferta do Facebook estão Morgan Stanley, JP Morgan, Goldman Sachs, Bank of America, Barclays e Allen & Co. O banco de investimentos brasileiro Itaú BBA também está entre os coordenadores da oferta pública inicial do Facebook.
Entenda o que é um IPO
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IPO (sigla em inglês para oferta pública inicial, que equivale à abertura de capital de uma empresa) é o primeiro lançamento de ações de uma empresa para o público. Por meio do IPO, é oferecida uma “fatia” da empresa a novos investidores, que passarão a ser sócios dela. Para a empresa, o objetivo é captar novos recursos.
Nessa oferta inicial, as ações são vendidas aos investidores por um preço fixado pela empresa, que é determinado por uma série de fatores, entre eles o tamanho da procura, a expectativa de lucros etc. A partir do IPO, as ações passam a ser negociadas em bolsa de valores.
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Abertura do capital
“O Facebook ficou muito tempo com poucas atualizações. A Timeline mudou bastante a experiência de uso, mas acho que ainda há muito a ser feito”, diz Rafael Lamardo, professode Tecnologia da Informação da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).
“O Facebook ficou muito tempo com poucas atualizações. A Timeline mudou bastante a experiência de uso, mas acho que ainda há muito a ser feito”, diz Rafael Lamardo, professode Tecnologia da Informação da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).
O site "foi construído para realizar uma missão social: tornar o mundo mais aberto e conectado", diz Zuckerberg em carta entregue junto com a documentação para estrear na bolsa.
Mas Lamardo entende que o IPO pode fazer a rede social virar refém de processos ligados ao mercado de ações e aos acionistas. “Há um controle excessivo com as empresas que atuam na bolsa. Isso faz com que esta empresa foque apenas em recursos que trazem retorno [financeiro] para os usuários”, explica.
“Até agora, o Facebook teve liberdade para criar recursos que tornaram a plataforma melhor e muitas coisas não renderam dinheiro. Mas isso fez com que a rede social estivesse muito a frente dos concorrentes. Ter acionistas olhando as ações do Facebook de perto pode ser um problema neste sentido”.
Jogos e appsA rede social deve atingir o primeiro bilhão de usuários em agosto deste ano. Mas os dados de crescimento dão sinais de que pode haver uma desaceleração. Nos últimos 3 meses de 2011, o total mensal de usuários ativos do Facebook cresceu 5,6%, contra 10,5% no mesmo período de 2010. Segundo o site Socialbakers, nesse período houve leve queda nos Estados Unidos, líder em usuários, com cerca de 156 milhões.
Da receita, 86% vieram de publicidade e 12%, da parceria com a Zynga, que faz jogos para a rede social, como o Farmville e o Cityville. Os jogos são grátis, mas, quem quiser, paga por "vantagens" especiais. O Facebook também está tentando diversificar, de olho em serviços como o de notícias, bate-papo por vídeo e aplicativos móveis, citados no documento entregue para a abertura de capital. "Pretendemos crescer nossa base de usuários continuando com ações de marketing e melhorando nossos produtos, incluindo apps, para tornar o Facebook mais acessível e útil", diz o texto.
"Para que investidores paguem o preço deste negócio, eles vão ter que ser extremamente confiantes de que o Facebook será capaz de desenvolver novos canais de receita significantes", avaliou Ryan Jacob, da Jacob Funds, também à Reuters. "As oportunidades para eles são quase infindáveis se eles entregarem isso", acrescentou.
Brasil na miraO Brasil é citado no documento que o Facebook entregou para a abertura de capital logo na parte em que a empresa explica sua estratégia para crescer. O primeiro item é expandir a comunidade de usuários no mundo, "incluindo mercados pouco explorados e grandes como Brasil, Alemanha, Índia, Japão, Rússia e Coreia do Sul".
Em 2011, a rede social cresceu 192% no Brasil, e passou o Orkut em número de usuários, segundo pesquisas do Ibope e da comScore, que registrou 36,1 milhões de visitas para o site vindas do país em dezembro passado. Emergente também no Facebook, o país é o 4º no ranking de usuários da rede social no mundo, perdendo só para os EUA, Índia e Indonésia, diz o Socialbakers.
Os futuros milionáriosAté agora, o Facebook rendeu uma fortuna estimada em US$ 17,5 bilhões a Zuckerberg. Aos 27 anos ele está em 52º lugar na lista dos mais ricos da revista "Forbes", que o aponta como o 9º entre os 70 mais poderosos do mundo, atrás somente de estadistas, do Papa Bento XVI, do presidente do Banco Central americano, Ben Bernanke, e do fundador da Microsoft, Bill Gates.
Zuckerberg propos reduzir seu salário de US$ 500 mil para US$ 1 em 2013, mas continuará a ser compensado com o rendimento de suas ações da companhia, que seriam cerca de 28%.
História
O Facebook foi fundado em fevereiro de 2004 nos dormitórios dos alunos na Universidade de Harvard por Mark Zuckerberg, Chris Hughes, Dustin Moskovitz e o brasileiro Eduardo Saverin que, de acordo com o livro "O Efeito Facebook", ainda possuiria 5% da empresa após disputa judicial. Já no meio de 2004, a rede social recebeu sua primeira rodada de investimentos, feita por Thiel, no valor de US$ 500 mil. O nome inicial do site era Thefacebook.
História
O Facebook foi fundado em fevereiro de 2004 nos dormitórios dos alunos na Universidade de Harvard por Mark Zuckerberg, Chris Hughes, Dustin Moskovitz e o brasileiro Eduardo Saverin que, de acordo com o livro "O Efeito Facebook", ainda possuiria 5% da empresa após disputa judicial. Já no meio de 2004, a rede social recebeu sua primeira rodada de investimentos, feita por Thiel, no valor de US$ 500 mil. O nome inicial do site era Thefacebook.
Atualmente a empresa tem sua sede em Menlo Park, na Califórnia, e 3.200 funcionários.
http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2012/05/acoes-do-facebook-estreiam-na-bolsa-e-sobem-12-na-abertura.html
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