Bruno Andrade Teixeira, 24 anos, e outros dois comparsas são um dos braços do grupo; trio segue foragido
Os três homens que assaltaram residências de famílias chinesas em Salvador são suspeitos de integrar uma célula criminosa que atua no estado de São Paulo. Segundo informações da titular da 14ª Delegacia (Barra), delegada Carmen Dolores, Bruno Andrade Teixeira, 24 anos, e outros dois comparsas que não tiveram os nomes divulgados são um dos braços do grupo, que atua em diferentes estados do País.
Ainda segundo a delegada, em Salvador, o trio chegou a cometer dois furtos a apartamentos de empresários chineses nos bairros Itaigara e Corredor da Vitória, e tentaram assaltar outas duas residências nas Mercês e no Garcia. Nesta segunda-feira (23), a polícia divulgou imagens dos acusados, que estão foragidos.
Bruno está sendo procurado pela polícia
(Foto: Divulgação/Polícia Civil) |
“Os crimes ocorreram em julho deste ano. Eles não fizeram outras vítimas aqui porque começamos as investigações e divulgamos imagens deles assim que descobrimos. Em São Paulo tem uma gama muito grande deles, é um organograma que tem um chefe maior, que recruta esses grupos”, disse a delegada.
Para entrar nos apartamentos, os assaltantes recrutavam um dos integrantes do grupo, que possui características físicas orientais. Na portaria dos prédios ele se apresentava como sobrinho das vítimas, que na maioria das vezes não estavam no imóvel no momento dos roubos.
“Eles esperavam as vítimas saírem de casa para praticar os furtos. Quando acontecia de ter alguém do imóvel, eles praticavam eles roubavam. Aqui em Salvador foram apenas furtos e tentativas”, explicou.
No dia 28 de julho deste ano, os assaltantes arrombaram o apartamento de um casal de chineses idosos que residem no edifício Victory Tower, no Corredor da Vitória. Para ter acesso ao apartamento, o grupo se identificou ao porteiro do prédio como parente do casal. Na época, o grupo conseguiu subtrair joias e dólares. Ninguém estava no imóvel no momento do assalto.
Assaltantes roubam prédio no Corredor da Vitória
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VítimasPara selecionar as vítimas, os assaltantes rastreavam correspondências e coletavam dados como nome e endereço. Depois disso o grupo monitorava a movimentação dos moradores no imóvel, aguardando o momento em que estivessem vazios para praticar os assaltos.
“Eles rastreavam dados de mala direta, de jornais que as vítimas recebiam. Depois eles ficavam observando as entradas e saídas dos imóveis, para ver em qual momento seria mais propício para o golpe”, explicou Carmen Dolores.
Ainda de acordo com ela, o único assalto que fugiu do padrão dos assaltantes foi o ocorrido no bairro Itaigara. “Eles foram por engano. Investigando, descobrimos que eles foram acreditando que os donos do imóvel ainda empresários chineses, mas eles já não moravam mais lá, pois tinham vendido o apartamento para um casal aqui de Salvador”, disse.
Comparsas de Bruno
(Foto: Divulgação/Polícia Civil) |
Segundo informações da polícia, Bruno usou o próprio carro nas invasões, um Fox Space branco, de placa CSI-5574. Ele e os outros dois assaltantes já cometeram crimes em estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e no Ceará, nesses estados, ainda segundo a delegada, outros suspeitos de cometerem crimes semelhantes já foram presos.
O CORREIO entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP), mas até o fechamento desta matéria não obteve retorno sobre os antecedentes criminais de Bruno no estado. A delegada Carmen Dolores solicitou a prisão preventiva do trio, que segue foragido.
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