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domingo, 22 de novembro de 2015

Deslizamento de terra em mina mata dezenas em Mianmar

Deslizamento soterrou cerca de 70 cabanas.
Pelo menos 100 pessoas estão desaparecidas.

Do G1, com agências internacionais
Ao menos 91 pessoas morreram após um deslizamento que soterrou dezenas de cabanas em uma mina de jade no Estado de Kachin, no nordeste de Mianmar, informou neste domingo (22) o portal "Democratic Voice of Burma". Segundo a agência de notícias Reuters, cerca de 100 corpos foram retirados.
Pelo menos 100 pessoas seguem desaparecidas, segundo afirmou à Reuters uma autoridade ligada aos trabalhos de resgate.
O deslizamento aconteceu na madrugada do sábado (21) em Hpakant, quando uma coluna de terra de pelo menos 80 metros caiu sobre 70 cabanas precárias onde vivem os trabalhadores da mina, disseram testemunhas à imprensa local.
Corpos de mineiros mortos são resgatados (Foto: AFP Photo)Corpos de mineiros mortos são resgatados (Foto: AFP Photo)
Deslizamento de terra em mina mata 91 operários em Mianmar (Foto: AP)Equipes trabalham no local do deslizamento que matou dezenas em mina de jade (Foto: AP)
O número de mortos não é definitivo e pode aumentar. "Só escaparam do deslizamento cinco cabanas. Pode ser que haja até 100 mortos", afirmou um morador ao jornal "Global New Light of Mianmar".
Equipes de resgate trabalham em área de deslizamento de terra (Foto: AFP Photo)Equipes de resgate trabalham em área de deslizamento de terra (Foto: AFP Photo)
Hpakant, situada a mais de 1.100 km ao norte de Yangun, a antiga capital, é um remoto distrito situado em uma região montanhosa onde proliferam as minas de jade.
Mianmar é o maior produtor de jadeíta, uma cobiçada variedade de jade, principalmente nas montanhas de Kachin, onde o Exército trava combates desde 2011 contra a guerrilha da minoria kachin.
A ONG Global Witness denunciou no mês passado as situações precárias nas quais trabalham os procuradores de jade nas minas, algumas propriedade de senhores da guerra, traficantes de drogas ou generais da antiga junta militar.
Em um relatório, a ONG informou que o comércio destas gemas é avaliado em cerca de US$ 31 bilhões, a metade do PIB birmanês, e principalmente elas são exportadas para a China.
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