Edinaldo de Assis trabalhava em empresa terceirizada pela Samarco.
Agora são nove os desaparecidos desde o rompimento da barragem.
A família de Edinaldo Oliveira de Assis, de 40 anos, um dos desaparecidos na tragédia em Mariana, na Região Central de Minas Gerais, disse nesta sexta-feira (27) que o corpo dele foi identificado pelo Instituto Médico Legal (IML), em Belo Horizonte.
O operador de escavadeira é a décima vítima identificada até o momento. Ele trabalhava em uma empresa que prestava serviço para a Samarco, cujas donas são Vale e BHP Billiton.
O IML de Belo Horizonte fez a identificação através de exames. Outros três corpos estão no local, mas ainda aguardam reconhecimento. Nove pessoas continuam desaparecidas, sendo seis funcionários e três moradores da região.
A barragem de Fundão se rompeu no dia 5 de novembro, destruindo o distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, e afetando Águas Claras, Ponte do Gama, Paracatu e Pedras, além das cidades de Barra Longa e Rio Doce.
Os rejeitos também atingiram dezenas de cidades na Região Leste de Minas Gerais e no Espírito Santo. Dez corpos foram identificados até o momento.
Quando esperava notícias do marido, em Mariana, a mulher dele, a técnica de segurança Ana Paula Alexandre, chegou a dizer que temia que o corpo de Edinaldo não fosse localizado.
"É melhor ter certeza que ele está morto do que a certeza que nunca mais vou vê-lo. É preferível ver ele morto do que ficar na incerteza o resto da minha vida", disse ela no dia oito de novembro.
A família não divulgou o local do sepultamento. Edinaldo Oliveira de Assis deixa quatro filhos.
Antes do operador de escavadeira, foram reconhecidos os corpos de sete funcionários de empresas terceirizadas – Claudio Fiuza, Sileno Narkievicius de Lima, Waldemir Aparecido Leandro, Marcos Xavier, Marcos Aurélio Pereira Mora, Mateus Márcio Fernandes e Samuel Vieira Albino – e de duas crianças moradoras de Bento Rodrigues – Emanuely Vitória e Thiago Damasceno Santos.
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