Laurent Fabius agradeceu por solidariedade após atentados em Paris.
Ministra do Meio Ambiente diz que foi o 'maior desastre ambiental' do país.
O ministro dos Negócios Estrangeiros e do Desenvolvimento Internacional da França, Laurent Fabius, agradeceu neste domingo (22), em Brasília, aos brasileiros pela solidariedade após os atentados terroristas de Paris e também se solidarizou pela "catástrofe" em Mariana (MG), onde o rompimento de uma barragem da mineradora Samarco contaminou a bacia do Rio Doce.
"Estamos solidários com vocês pela catástrofe que houve em Mariana. Sei que é um acontecimento que teve várias consequências e que também foi sentido de forma bastante dolorosa. Não somente aqui, mas também na França. Estamos junto de vocês para qualquer coisa e para qualquer circunstância", afirmou Fabius, em entrevista à imprensa em Brasília.
Fabius veio ao país para conversar sobre os preparativos para a 21ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP-21), que ocorrerá entre 30 de novembro a 11 de dezembro em Paris.
Fabius veio ao país para conversar sobre os preparativos para a 21ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP-21), que ocorrerá entre 30 de novembro a 11 de dezembro em Paris.
Mais cedo, ele se reuniu com a presidente Dilma Rousseff para tratar do assunto num encontro que também contou com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.
No início da entrevista, Fabius disse que antes de falar sobre a COP-21, gostaria de agradecer ao governo e ao povo brasileiro pela solidariedade pelos atentados em Paris.
No início da entrevista, Fabius disse que antes de falar sobre a COP-21, gostaria de agradecer ao governo e ao povo brasileiro pela solidariedade pelos atentados em Paris.
"Acho que o que aconteceu em Paris foi bastante sentido aqui e pudemos ver todos os sinais que vocês nos enviaram, a começar pela iluminação que vocês fizeram em vários prédios. Foi algo que realmente nos tocou", disse.
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Na entrevista à imprensa, a ministra Izabella Teixeira chamou classificou o acidente em Mariana como "o maior desastre ambiental que o Brasil já enfrentou". Depois de falar das ações emergenciais para conter a chegada da lama ao litoral, a ministra disse que o segundo desafio é a recuperação de danos, que "não será de curto prazo".
"Temos um desafio enorme de restauração ambiental da bacia do Rio Doce, que é tão importante não só para os brasileiros, mas também para a economia do Brasil", disse. Ela também mencionou multas e indenizações que o governo estuda aplicar à Samarco.
"Será um trabalho de longo prazo, mas nós devolveremos aos brasileiros a bacia do Rio Doce recuperada e talvez em melhores condições do que está hoje", disse.
COP-21
O ministro francês ressaltou que a cúpula representa um "compromisso ambicioso" dos países para a redução da emissão dos gases estufa, mas se mostrou otimista com o resultado das negociações, que deverão envolver cerca de 140 países. O maior objetivo do encontro é chegar a um acordo para limitar o crescimento da temperatura global em 2º C.
"Em Paris, temos um ambicioso compromisso. Ambicioso porque precisamos lutar contra as mudanças climáticas, mas também no sentido do compromisso porque a situação de diferentes países evidencia a necessidade de encontramos um acordo", disse.
Fabius ponderou ainda que, embora nem todas as nações tenham publicado o INDCs ("Intended Nationally Determined Contributions"), que é um compromisso assumido pelos países em relação a sua própria redução de emissão de gases estufa, já um engajamento maior.
"Vemos todo o engajamento de novos países. Hoje, temos 170 países de 195 que publicaram. (...) Mesmo aqueles que não entregaram o INDCs, o que pude perceber é uma vontade comum de todos", disse.
O ministro francês ressaltou que a cúpula representa um "compromisso ambicioso" dos países para a redução da emissão dos gases estufa, mas se mostrou otimista com o resultado das negociações, que deverão envolver cerca de 140 países. O maior objetivo do encontro é chegar a um acordo para limitar o crescimento da temperatura global em 2º C.
"Em Paris, temos um ambicioso compromisso. Ambicioso porque precisamos lutar contra as mudanças climáticas, mas também no sentido do compromisso porque a situação de diferentes países evidencia a necessidade de encontramos um acordo", disse.
Fabius ponderou ainda que, embora nem todas as nações tenham publicado o INDCs ("Intended Nationally Determined Contributions"), que é um compromisso assumido pelos países em relação a sua própria redução de emissão de gases estufa, já um engajamento maior.
"Vemos todo o engajamento de novos países. Hoje, temos 170 países de 195 que publicaram. (...) Mesmo aqueles que não entregaram o INDCs, o que pude perceber é uma vontade comum de todos", disse.
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E completou: "Com relação às chances de sucesso, é necessário que haja sucesso em Paris porque, como disse o secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon, não existe plano B porque não existe planeta B. Precisamos avançar, senão vai ser a terra inteira que vai ficar inviável pra a espécie humana".
Por uma questão de segurança após os ataques terroristas, o ministro confirmou a decisão do governo de proibir as manifestações que estavam organizadas para ocorrerem paralelamente ao evento.
"Não estamos autorizando manifestações q seriam tranquilas e estavam previstas, mas não temos como assegurar a segurança 100% dessa quantidade de pessoas. Os organizadores entenderam muito bem", explicou.
Ele garantiu, no entanto, que a segurança dos chefes de estado e das delegações está assegurada com o reforço de forças civis e militares. Segundo ele, a decisão de manter a COP-21 foi uma resposta de que não se pode ceder ao terrorismo. "O problema de mudanças climáticas é um problema mundial", justificou.
Por uma questão de segurança após os ataques terroristas, o ministro confirmou a decisão do governo de proibir as manifestações que estavam organizadas para ocorrerem paralelamente ao evento.
"Não estamos autorizando manifestações q seriam tranquilas e estavam previstas, mas não temos como assegurar a segurança 100% dessa quantidade de pessoas. Os organizadores entenderam muito bem", explicou.
Ele garantiu, no entanto, que a segurança dos chefes de estado e das delegações está assegurada com o reforço de forças civis e militares. Segundo ele, a decisão de manter a COP-21 foi uma resposta de que não se pode ceder ao terrorismo. "O problema de mudanças climáticas é um problema mundial", justificou.
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