CORREIO encerra a série Baianos Olímpicos com o sonho da lateral Fabiana, titular da seleção de futebol feminino, em conquistar a inédita medalha de ouro nos Jogos do Rio-2016
“Ela vai ficar deslumbrante”. Dona Lícia, 49 anos, já imagina a filha Fabiana com a medalha de ouro no peito durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. “Ela merece. É uma menina batalhadora, dedicada, esforçada e ama o que faz”. O amor da atleta pelo futebol fez a costureira permitir que a filha saísse de casa aos 15 anos pra ir em busca do sonho.
Em 2015, Fabiana ganhou medalha de ouro no Pan; este ano ela quer uma dourada olímpica (Foto: Rafael Ribeiro/CBF)
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Lateral-direita talentosa, Fabiana treinava em uma escolinha de bairro quando foi vista por um olheiro. Passou no teste do América-RJ e se mudou da casa onde morava com a mãe e a irmã em Mirante de Periperi, no Subúrbio Ferroviário, para a casa de uma tia, em Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro.
Os resultados foram rápidos. “Um mês depois que eu cheguei fui chamada pra seleção brasileira de base. E logo depois subi pra seleção principal, ainda com 15 anos mesmo”, recorda Fabiana, aos 26.
Durante esses 11 anos, a baiana nunca deixou de vestir a camisa verde e amarela. Lamentou a prata nos Jogos Olímpicos de Pequim-2008 e foi eliminada nas quartas de final em Londres-2012.
Durante esses 11 anos, a baiana nunca deixou de vestir a camisa verde e amarela. Lamentou a prata nos Jogos Olímpicos de Pequim-2008 e foi eliminada nas quartas de final em Londres-2012.
Integrante da seleção brasileira permanente, que treina em São Paulo desde janeiro de 2015, Fabiana confia que o ouro inédito será conquistado em 2016. “O que me faz acreditar é que estamos com uma comissão muito competente, a estrutura está bem melhor do que anteriormente e estamos treinando juntas”, pontua a lateral que, além do América-RJ, já defendeu Corinthians, Santos, Palmeiras, Duque de Caxias, São José, Centro Olímpico, Rossiyanka (Rússia), Huelva (Espanha), Tyresö (Suécia) e Boston Breakers (Estados Unidos). O técnico da seleção é Vadão.
Fiel à camisa da seleção brasileira, Fabiana recusou proposta dos clubes franceses PSG e Lyon no começo de 2015. “Tentei ficar pra ajudar a modalidade porque sabia que era muito importante a gente ficar treinando juntas, apesar do dinheiro lá ser muito melhor”. Em dezembro, ela voltou a receber proposta do PSG e está reavaliando a ida para a França por questões financeiras.
Certo é que não importa onde Fabiana vai estar nesse primeiro semestre. Em Paris ou São Paulo, a cabeça estará no Rio de Janeiro, onde começou a carreira e tentará fazer história. “O ouro é um sonho. Já bati na trave e dessa vez quero levar essa medalha”, afirma.
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