Dois supostos criminosos teriam atacado policiais com tiros e granadas.
Perícia tenta apurar de onde partiu bala que matou entregador de pizza.
A polícia confirmou a morte de dois suspeitos de ligação com o tráfico, que foram baleados durante troca de tiros na região do Morro da Coroa, no Centro do Rio, na manhã desta terça-feira (5). O tiroteio ocorreu quando agentes da Polícia Civil entraram na comunidade para realizar areconstituição da morte do entregador Rafael Neris, de 23 anos, morto durante operação do Bope, em julho de 2015.
De acordo com a corporação, supeitos chegaram a lançar granadas em direção aos agentes. Durante a ação foram apreendidas quatro granadas e 83 munições de calibre 9 mm. O trabalho dos técnicos da perícia terminou por volta das 13h.
De acordo com a corporação, supeitos chegaram a lançar granadas em direção aos agentes. Durante a ação foram apreendidas quatro granadas e 83 munições de calibre 9 mm. O trabalho dos técnicos da perícia terminou por volta das 13h.
A munição foi apreendida no terceiro andar de uma casa na Praça da Serra Pelada, após os criminosos atirarem contra os policiais e serem perseguidos. O material estava em uma mochila azul.
O local, considerado alto em relação ao resto do Morro da Coroa, era utilizado como ponto de observação por criminosos, que viam de longe a aproximação dos policiais.
No Morro da Mineira, perto da Coroa, criminosos também atiraram contra os agentes. Dois criminosos ficaram feridos no confronto e foram levados para o Hospital Souza Aguiar, onde morreram.
"Na subida do morro aconteceram alguns disparos de arma de fogo, que depois soubemos que eram traficantes do Morro da Mineira que atiraram em direção ao Morro da Coroa", explicou o delegado titular da 5ª DP (Mem de Sá), Marcus Henrique Alves, responsável pelas investigações da morte de Rafael Neris.
Participaram da reconstituição do crime quatro policiais militares que estavam na comunidade no dia em que Rafael foi morto e uma testemunha, que viu a vítima caída no chão.
"Na reprodução tentamos reproduzir fielmente o que ocorreu no dia dos fatos. Tentamos elucidar como ele foi baleado, as circunstâncias em que ele foi atingido e hoje esclarecemos alguns pontos que estavam obscuros e que fomos fundamentais para concluir a investigação", explicou o delegado.
A mulher de Rafael tentou participar da reconstituição, mas não conseguiu. “A gente quer colocar na cadeia quem fez isso. Mataram um trabalhador. Eles querem acusar ainda que o Rafael é bandido. Ele tinha a empresa dele. Estávamos casados há seis meses. Ele trabalhava muito. Vamos até o fim para mostrar que ele era inocente”, afirmou Rosana Rodrigues.
Morte de entregador
Após mais de um mês com o inquérito nas mãos dos peritos da Divisão de Homicídios, a reconstituição estava sendo feita com helicópteros da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil e também do Batalhão, que estavam na favela no dia da Operação.
Após mais de um mês com o inquérito nas mãos dos peritos da Divisão de Homicídios, a reconstituição estava sendo feita com helicópteros da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil e também do Batalhão, que estavam na favela no dia da Operação.
A família de Rafeal alega que três PMs do Bope teriam executado o jovem. Na delegacia, os policiais teriam afirmado, logo após o fato, que o jovem estaria armado e junto com outros criminosos.
Em perícia complementar realizada no corpo de Rafael, a polícia civil encontrou sete perfurações de entrada e seis de saída por arma de fogo.
"O inquérito está quase completo, mas precisamos dessa etapa para saber o que aconteceu", afirmou Marcus Henrique Alves, titular da 5ª DP.
Rafael era entregador de pizza e morreu após ser atingido por uma bala perdida na noite do dia 29 de junho de 2015. O Batalhão de Operações Especiais (Bope) fazia uma operação na comunidade, na ocasião. Dois suspeitos morreram e outro ficou ferido.
O rapaz estava a caminho de fazer uma entrega no Morro da Coroa, por volta das 20h, quando foi baleado. Ele foi encaminhado ao Hospital Souza Aguiar, no Centro, mas não resistiu aos ferimentos. Segundo a família, ele tinha dois empregos e nunca se envolveu com tráfico de drogas.
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