Após sucesso, telefilmes da Globo serão reunidos em caixas com 12 DVD's

Entre as produções estão 'O Canto da Sereia' e 'Ó pai, Ó', gravadas em Salvador

Camila Botto (camila.botto@redebahia.com.br)

23/05/2015 14:32:00Atualizado em 23/05/2015 14:49:39

  

As badaladas cinco décadas da Globo começaram a ser celebradas com o festival Luz, Câmera 50 Anos, que transformou em telefilmes as mais célebres séries da emissora. Devido ao sucesso do festival, a Globo Marcas reuniu os 12 telefilmes exibidos  na primeira temporada do projeto, em janeiro, em caixa com 12 DVDs. Entre os títulos estão O Canto da Sereia (2013), O Pagador de Promessas (1988), Força-Tarefa (2009), Ó Paí, Ó (2008) e As Noivas de Copacabana (1992).

O primeiro DVD é dedicado à minissérie O Canto da Sereia, estrelada por Ísis Valverde e baseada no romance de Nelson Motta. A trama conta a história  da cantora baiana Sereia, assassinada em cima de um trio elétrico durante o Carnaval de Salvador. Muitos mistérios e paixões marcam a história dirigida por José Luiz Villamarim e escrita por George Moura e Patrícia Andrade.

O Canto da Sereia conta ainda com Marcos Palmeira, João Miguel e Camila Morgado. “Mais do que uma interpretação, minha proposta foi a de fazer com que o ator realmente vivesse o personagem. Por esse motivo, fiz questão de levá-los para Salvador, para que eles se acostumassem com o jeito, a fala do baiano. A ideia foi trazer para a trama todo esse clima, além de mostrar a cara da Bahia contemporânea”, explica o diretor Villamarim.

O segundo disco é dedicado a O Pagador de Promessas, adaptação da minissérie de Dias Gomes (1922-1999). A trama conta a história de Zé do Burro (José Mayer), que carrega uma enorme cruz de sua roça, em Monte Santo, até a igreja de Santa Bárbara, em Salvador, como pagamento da promessa que fez para que seu burro se salvasse de um acidente. O ato é repudiado pelo clero, por ter origem no candomblé.

Outro título da caixa com ares baianos é Ó Paí, Ó, exibida em 2009 e baseada na peça do Bando de Teatro Olodum. Assinada por Guel Arraes, Jorge Furtado, Mauro Lima e Monique Gardenberg, a comédia narra as confusões vividas por moradores de um cortiço no Pelourinho. O protagonista é Roque (Lázaro Ramos). 

Pioneira 
Tem ainda a primeira série da Globo: Lampião e Maria Bonita, de 1982, que representou a renovação da teledramaturgia brasileira. Com autoria de Aguinaldo Silva e Doc Comparato, a trama conta a história de Lampião (Nelson Xavier) e sua mulher,  Maria Bonita (Tânia Alves). 

Na área da música popular brasileira, os destaques da caixa são Maysa – Quando Fala o Coração (2009) e Dalva & Herivelto - Uma Canção de Amor (2010). Na primeira, escrita por Manoel Carlos e dirigida por Jayme Monjardim, são resgatados os 30 anos de vida da cantora Maysa (1936-1977), considerada um dos mitos da música popular brasileira.

Já Dalva & Herivelto - Uma Canção de Amor, estrelada por Adriana Esteves e Fábio Assunção, apresenta a turbulenta história de amor entre dois representantes da época de ouro do rádio no Brasil. Dirigida por Dennis Carvalho, a série tem autoria de Maria Adelaide Amaral, Geraldo Carneiro e Leticia Mey. 

“Essa foi uma maneira de relembrar o que já fizemos de  forma inédita. Estamos comemorando os 50 anos da Globo com uma releitura das nossas obras mais emblemáticas, dando a elas um formato totalmente novo”, comenta Guel Arraes, diretor da dramaturgia semanal da Globo. 

A segunda temporada do especial está sendo exibida atualmente na emissora, nas noites de terças e quintas. Na próxima semana, a comédia A Mulher Invisível (2011), estrelada por Selton Mello, é a atração do festival.