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sábado, 23 de maio de 2015

Ciclistas e moradores do Dendê fazem protesto na Zona Sul do Rio

Grupo se reuniu em frente ao Palácio Guanabara na tarde deste sábado.
Ato foi contra mortes durante ação da polícia e esfaqueamento na Lagoa.

Matheus RodriguesDo G1 Rio
Moradores do Morro do Dendê e ciclistas fizeram um protesto em frente ao Palácio Guanabara, em Laranjeiras, na Zona Sul do Rio, no início da tarde deste sábado (23). Os dois grupos protestaram por mais segurança na cidade. De um lado, um grupo pedia mais policiamento e segurança no trânsito. Por outro, familiares e amigos de dois baleados em uma operação policial pedia justiça e segurança.
Ciclistas jogaram tinta vermelha no chão e deitaram na rua em frente ao Palácio Guanabara (Foto: Matheus Rodrigues/G1)Ciclistas jogaram tinta vermelha no chão e deitaram na rua em frente ao Palácio Guanabara (Foto: Matheus Rodrigues/G1)
O grupo de ciclistas ainda protestou contra a morte do médico Jaime Gold, que foi esfaqueado na última terça-feira (19) durante uma tentativa de assalto na Lagoa. Jaime não resuistiu aos ferimentos e morreu na manhã de quarta-feira (20). Durante o ato em Laranjeiras, ciclistas jogaram tinta vermelha no chão e deitaram no asfalto.
A multidão que deslocou-se de bicicleta da Lagoa Rodrigo de Freitas deitou em frente ao palácio e espalhou tinta vermelha no asfalto fazendo referência à violência.
Já os moradores do Dendê cantaram o "Rap da Felicidade". protestaram contra as mortes de Wanderson Jesus Martins, de 24 anos, e de Gilson da Silva dos Santos, de 13 anos. Os rapazes morreram durante uma operação da Corregedoria da Polícia Civil em quatro favelas da região, na terça-feira (19).
Moradores do Dendê fizeram ato contra mortes na comunidade durante ação da polícia (Foto: Matheus Rodrigues/G1)Moradores do Dendê fizeram ato contra mortes na comunidade durante ação da polícia (Foto: Matheus Rodrigues/G1)

Angélica de Souza, de 39 anos, era tia de Wanderson e afirmou que o sobrinho tinha começado a trabalhar de carteira assinada. "Não tem dinheiro no mundo que pague a vida dele, nada vai trazer ele de volta. Nós queremos justiça, só isso. Ele me disse que tava trabalhando de carteira assinada e aconteceu isso", afirmou.
Um policial que participava da operação admitiu ter atirado nos rapazes. Ele contou que os dois rapazes estavam armados. Mas as famílias negam o envolvimento deles com o tráfico de drogas.
A operação era para combater o crime de contravenção. Os agentes se espalharam por várias comunidades da Ilha do Governador para apreender maquinas caça-níqueis. Eles também encontraram maconha e motos roubadas; 20 pessoas foram presas.
O trânsito chegou a ser interditado na Rua Pinheiro Machado, sentido Botafogo, e os motoristas eram desviados para a Rua das Laranjeiras por volta das 12h20.
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