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terça-feira, 12 de maio de 2015

Em Salvador, mercadinhos movimentam economia de bairros

Eles estão por toda parte e até mesmo trabalham próximos aos concorrentes em uma convivência, às vezes, tranquila

Yuri Abreu | 12/05/2015 - 08:10
Foto: Romildo de Jesus
Eles estão por toda parte e até mesmo trabalham próximos aos concorrentes em uma convivência, às vezes, tranquila. No mais, tiram do sufoco muitos consumidores que não podem pagar por produtos mais caros, tampouco se deslocar para grandes centros de compras que ficam longe da própria casa. Velhos conhecidos da população, os mercadinhos de bairro são uma boa opção e acabam movimentando a economia de bairros periféricos de Salvador.
“Além disso, eles são atores sociais importantes, pois empregam pessoas próximas e trazem desenvolvimento na própria região. Muitos oferecem também outros serviços como pequenas farmácias e caixas eletrônicos. Sem contar que, diferente dos grandes mercados, há o fator tempo, em que o consumidor compra o que precisa e não espera em longas filas”, comentou o consultor de varejo da Associação Bahiana de Supermercados (Abase-BA), Rogério Machado.
Ele ainda aponta que, mesmo com uma oferta menor de produtos, os mercadinhos possuem um bom poder de barganha na hora de adquirir os itens. “Eles sabem que não podem cobrar caro pelo fato de serem pequenos, mas, por outro lado, acabando compensando nas despesas, uma vez que o dono está mais próximo do negócio do que aquele que detém uma grande rede”, destacou.
Expansão 
Dono de um estabelecimento há dois anos no bairro da Fazenda Grande do Retiro, José Oliveira saiu da cidade de Santo Antônio de Jesus e comprou o local que pertencia a um conhecido por cerca de R$ 110 mil. “Ainda fiz um investimento inicial de R$ 50 mil com climatização, colocando mais itens a disposição dos clientes e informatizei o sistema”, contou ele, que trabalha ao lado da esposa e de mais seis funcionários.
A relação com os clientes, segundo ele, é bastante amistosa, mas está sempre atento para ouvir as queixas de quem compra no estabelecimento. “Eles sempre reclamam se tiver alguma coisa fora do lugar, ou se a higiene não está adequada. Para nós, é muito bom estar aqui para suprir a necessidade deles”, contou Oliveira, informando que o rendimento anual do mercadinho é de quase R$ 200 mil.
No entanto, ele não quer parar por aí. “Pretendo fazer mais reformas aqui, colocar um piso melhor, uma verdureira bacana. A vontade é só de melhorar o que já tem aqui”, falou. Já Roni Guerra, gerente de outro mercadinho que está no Largo do Tanque há três anos, e tem um rendimento mensal de R$ 15 mil, falou que dono resolveu abrir o espaço lá por que já trabalha no ramo e resolveu expandir o comércio. “Trabalhamos com seis funcionários e temos uma clientela exigente”, disse.
São 600 associados
De acordo com o consultor da Abase-BA, são 600 o número de supermercados associados a entidade. “A maioria é sem dúvida composta por esses minimercados. Eles são os que possuem essa maior necessidade”, ressaltando que o grupo ajuda a esses comerciantes com relação à parte jurídica, dentre outros. A importância desses estabelecimentos é tamanha que muitos já estão se juntando e aumentando de tamanho com o objetivo de comprar melhor e oferecer bons preços aos clientes.
Machado ainda contou que este é um mercado que vem tendo grande consolidação, principalmente nos últimos cinco anos. “Na Bahia, até a chegada do Plano Real, quem mandava no varejo eram as grandes redes e poucos eram os mercadinhos a serviço da população. A partir daí, não só os bairros periféricos, mas também cidades do interior começaram a se desenvolver. Acredito que se trata de uma tendência”, concluiu.

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