Evento reúne 90 pequenas marcas e deve receber cerca de 15 mil visitantes durante o final de semana, com expectativa de movimentar R$ 2,5 milhões
Com três salões lotados de pessoas comprando roupas, bijuterias e sapatos, a Feira Circuito Moda Carioca não lembra uma crise econômica. O evento, em São Cristóvão, zona norte do Rio, reúne 90 pequenas marcas e deve receber cerca de 15 mil visitantes durante o final de semana. A expectativa é movimentar R$ 2,5 milhões.
A feira tem a proposta de vender produtos a preço de fábrica, explica uma das organizadoras, Ana Paula Gomes. “Temos aqui fabricantes de grandes marcas que não costumam trabalhar com própria marca, mas vender para grandes lojas. Hoje eles têm a oportunidade de explorar o próprio negócio”, disse Ana.
A feira é um incentivo à profissionalização de pequenos empreendedores, por meio de palestras com especialistas da área. “Vamos tratar temas, por exemplo, como o comércio pela internet, que está em alta”, disse Ana.
Segundo ela, os salões lotados nos dois dias de feira são uma prova do potencial das marcas. “As marcas vieram com volume grande de estoque a preço atrativo. E o público aderiu a ideia do evento, que é comprar com preço de fábrica”, destacou.
Há seis anos no mercado têxtil, a estilista Raquel Gomes e a sócia Fernanda Silva, vêm hoje o seu stand entre os mais disputados. Elas contam que o começo foi difícil e que a marca surgiu quando achavam que tinham perdido tudo.
“Quando as grandes marcas pararam de comprar, e eu estava falida, comecei a vender tudo o que eu tinha na garagem da fábrica. Só que isso foi um sucesso e dali veio a ideia de vender diretamente ao consumidor”, revelou Raquel.
Hoje, ela não dá conta da demanda e diz que crise econômica não existe. “Nunca pretendi ter minha marca, porque venho da indústria têxtil, mas, agora, temos planos de expansão, sim, em ritmo de formiguinha. Se o país está em crise, eu não estou”, brincou.
Quem vê na feira uma oportunidade de deslanchar é a empresária Mônica Bentes. Com uma pequena barraca de artigos de design para bicicletas, como bolsas e buzinas, ela acredita que pode estreitar a relação com os clientes. “O legal de feira é ter um retorno. Ouvir que tipo de produtos que as pessoas estão procurando”, avaliou.
Disputando espaço nas bancas, Roberta Molica escolheu algumas peças. Para ela, feiras têm produtos exclusivos, com preços mais baixos do que as lojas. “A estampa [da bata] é diferente, a costura é reforça e o preço tá legal. O que vale a pena em feira é não ter peças iguais. É ter oportunidade garimpar e sair com peças diferentes”, disse.
Esse também é o pensamento da estudante Luíza Pimenta, de sacolas cheias. “A maioria das lojas aqui não está em shoppings, os preços são bons, e as coisas são diferentes”, opinou.
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