Os rodoviários marcaram uma paralisação a partir das 15h e devem voltar a circular até as 17h
Rodoviários fazem paralisação e fazem filas de ônibus em terminais em Salvador (Foto: Marília Silva)
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Os rodoviários paralisaram as atividades em todos os terminais de Salvador na tarde desta quinta-feira (14). Na Estação de Transbordo do Iguatemi, a fila de ônibus parados ultrapassa à região da Madeireira Brotas, na avenida Tancredo Neves. Filas também se formam nas estações Mussurunga e Pirajá e em avenidas de grande circulação, como Bonocô, Juracy Magalhães.
Segundo Mara Ramos, do Sindicato dos Rodoviários, a passeata dos rodoviários está mantida para ser realizada após a assembleia, que está sendo realizada na quadra do Sindicato dos Bancários, no Largo dos Aflitos.
Ônibus fazem fila na entrada da Estação da Lapa
(Foto: Juarez Soares) |
Os rodoviários fazem caminhada até a Estação da Lapa, onde se encontrarão com aqueles que estão paralisados, que participam da reunião da categoria durante a manhã.
O anúncio da paralisação da categoria provocou correria aos pontos de ônibus da cidade, que ficaram lotados em algumas avenidas. Alguns trabalhadores saíram mais cedo para fugir da paralisação.
A Secretaria Municipal de Mobilidade (Semob) informou que 290 ônibus complementares circularão pelas vias principais de Salvadordurante a paralisação dos rodoviários. Os rodoviários marcaram uma paralisação a partir das 15h e devem voltar a circular até as 17h.
A frota de coletivos da Rede Metropolitana circulará normalmente em Salvador durante a paralisação dos rodoviários. O secretário da Semob Fábio Mota disse ao Correio24horas que não há recomendação para acalmar a população. "Esse horário até as 17h é de baixa demanda. A maior demanda de passageiros é a partir das 18h", disse o secretário.
Caso os ônibus não voltem a circular a partir de 17h, as empresas poderão ser multadas pela Semob em até R$370 mil.
A paralisação foi aprovada em uma assembleia na manhã de hoje na sede do Sindicato dos Bancários, nos Aflitos, na manhã desta quinta-feira (14). Eles também anunciaram início da greve para a 0h da próxima quarta-feira (20), caso não haja uma nova proposta até lá.
Fila de ônibus da estação no Iguatemi se formou durante a tarde (Foto: Priscilla Matos)
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Sem acordoNa quarta-feira (13), representantes dos rodoviários e dos sindicatos patronais se reuniram na sede do MPT, na Vitória, para negociar a situação, mas não houve acordo. A assessoria do MPT informou que, devido ao impasse, os procuradores responsáveis pelo caso decidiram encerrar a mediação.
“Agora, cabe às duas partes tentar retomar a negociação diretamente ou requerer uma nova mediação ao MPT ou à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego da Bahia (SRTE)”, divulgou o MPT. O pedido de mediação à SRTE foi feito ontem.
A proposta elaborada pelos promotores do MPT estabelecia ganho real de 2,5% acima da inflação no ano para os rodoviários e determinava o aumento no valor do tíquete alimentício de R$ 14 para R$ 16, com 5% de contrapartida para os trabalhadores. A proposta estabelecia ainda a redução de 50% no valor do plano de saúde, passando de R$ 27 para R$ 13,50.
Por fim, o MPT propôs também a criação de uma comissão para a implantação do Programa de Participação nos Lucros e Resultados, com prazo de 60 dias.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Hélio Ferreira, a proposta apresentada pelos promotores não atendia integralmente ao que foi solicitado pela categoria, mas os rodoviários estavam dispostos a aceitar.
“Pedimos um reajuste de 20% e o fim da contrapartida no tíquete-alimentação e no plano de saúde. Isso não foi atendido, mas, ainda assim, a gente iria aceitar. O sindicato patronal foi quem manteve a intransigência”, disse.
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