Atriz morreu vítima de câncer do pulmão neste sábado. Antes da chegada do corpo, amigos já compareciam ao Teatro Leblon.
05/12/2015 12h49 - Atualizado em 05/12/2015 14h44
Por Cristina Boeckel
Do G1 Rio
Quadro de Marília é levado para dentro da sala onde acontecerá o velório (Foto: Cristina Boeckel/G1)
Quadro de Marília é levado para dentro da sala onde acontecerá o velório (Foto: Cristina Boeckel/G1)
Por volta das 14h30 deste sábado (5), o corpo da atriz, cantora e diretora Marília Pêra chegou à na sala que leva seu nome, do Teatro Leblon, na Zona Sul do Rio. O velório é fechada para amigos e parentes e o enterro está marcado para às 16h, no Cemitério São João Batista, em Botafogo.
Marília Pêra morreu às 6h deste sábado, em casa, em Ipanema, Zona Sul do Rio. A atriz lutava havia dois anos contra um câncer de pulmão. Ela era uma das artistas mais completas do Brasil: além de interpretar, era cantora, bailarina, diretora, produtora e coreógrafa - leia aqui o perfil completo da atriz.
Cássia Kiss chega ao velório de Marília Pêra (Foto: Cristina Boeckel/G1)
Cássia Kiss chega ao velório de
Marília Pêra (Foto: Cristina Boeckel/G1)
Antes da chegada do corpo o local já tinha a movimentação de amigos, como a também atriz Cássia Kiss, e de coroas de flores.
"O melhor dia do ano é quando você ia a uma estreia da Marília Pêra. E agora não temos mais isso. Estamos falando de uma dama das artes deste país. Vou regar as flores delas com minhas lágrimas", disse Cássia, muito emocionada.
Também chegaram cedo ao velório as atrizes Lavínia Vlasak, Rafaela Mandelli, Natália Lage e Arlete Sales, além do ator Cecil Thiré.
"Perdi uma companheira, uma amiga. Uma atriz que era uma estrela que podia se apresentar em qualquer palco do mundo. Uma pessoa maravilhosa que continuou trabalhando até sempre", afirmou Arlete. Outra que estava muito emocionada era Luma Costa, companheira de elenco de Marília em 'Pé na Cova'. "Marília foi minha maior inspiração, minha diva. Ela deixa um legado para os novos atores como nós. A Marília sempre tinha um novo projeto. Éramos próximas é sempre tivemos contatos por telefone. Sempre com disciplina, dedicação. É difícil falar dela porque sou uma grande fã", disse Luma.
Murilo Rosa chegou às pressas ao velório de Marília Pêra (Foto: Cristina Boeckel/G1)
Murilo Rosa chegou às pressas ao velório de
Marília Pêra (Foto: Cristina Boeckel/G1)
Alguns tiveram que chegar às pressas, como o ator Murilo Rosa, que estava subindo a serra com a família e desceu para prestar a última homenagem . "Trabalhei com ela em 97 e 98, quando estava começando. É uma pessoa excepcional. Eu estou aqui para dar um beijo na família. A Marília se foi deixando muita coisa pra gente", acrescentou Murilo Rosa.
Marília Pêra morreu às 6h deste sábado (5), no Rio, aos 72 anos. A atriz, que lutava contra um câncer havia 2 anos, morreu em casa, ao lado da família. Ela deixa os filhos Ricardo Graça Mello, Esperança Motta e Nina Morena e o marido Bruno Faria.
A irmã de Marília, Sandra chegou bastante emocionada ao teatro, e falou brevemente com a imprensa.
"Ela me ensinou o amor. Não quero falar, porque estou sofrendo", disse.
Marília era meu anjo da guarda, eu tive um infarto e ela foi a primeira pessoa a me visitar,
Ela veio para me deixar mais tranquilo. Ela disse que ia falar com Shermann e Falanella para me aproveitarem em produções.
Isabelita dos Patins chegou ao velório mostrando muita emoção e falou ed Marília com carinho e gratidão:
"Ela me ajudou com R$ 5 mil por mês durante muito tempo. Ela disse que ia depositar um presente no meu aniversário. Eu estava trabalhando na Rua do Lavradio. Ela me curtia, gostava me mim. A gente perde uma grande dama do teatro, do cinema, uma mulher completa. Como ela me ajudou, depois nos encontramos no teatro. Dei para ela um anel da Carmen Miranda. Ele era dela e pertenceu também ao Erick Barreto, que era transformista. E eu dei para ela", disse.
Isabelita dos Patins no velório de Marília Pêra (Foto: Cristina Boeckel/G1)
Isabelita dos Patins no velório de Marília Pêra, com fotos da atriz na roupa (Foto: Cristina Boeckel/G1)
Carro de funerária com corpo da atriz Marília Pêra chega ao Teatro do Leblon às 14h30 (Foto: Cristina Boeckel/G1)
Carro de funerária com corpo da atriz Marília Pêra chega ao Teatro do Leblon às 14h30 (Foto: Cristina Boeckel/G1)
Irmã de Marília Pêra, Sandra falou brevemente com a imprensa (Foto: Cristina Boeckel/G1)
Irmã de Marília Pêra, Sandra falou brevemente com a imprensa (Foto: Cristina Boeckel/G1)
Luma Costa era companheira de elenco de Marília em 'Pé na Cova' (Foto: Cristina Boeckel/G1)
Luma Costa era companheira de elenco de Marília em 'Pé na Cova' (Foto: Cristina Boeckel/G1)
Ricardo, um dos filhos de Marília Pêra, chega ao velório (Foto: Cristina Boeckel/G1)
Ricardo, um dos filhos de Marília Pêra, chega ao velório (Foto: Cristina Boeckel/G1)
Ator Cecil Thiré chega ao velório de Marília Pêra (Foto: Cristina Boeckel/G1)
Ator Cecil Thiré chega ao velório de Marília Pêra (Foto: Cristina Boeckel/G1)
Placa com dedicatória de Marília para a inauguração da sala (Foto: Cristina Boeckel/G1)
Placa com dedicatória de Marília para a inauguração da sala (Foto: Cristina Boeckel/G1)
Coroa de flores no velório de Marília Pêra (Foto: Cristina Boeckel/G1)
Coroa de flores no velório de Marília Pêra (Foto: Cristina Boeckel/G1)
Marília Soares Pêra nasceu em 22 de janeiro de 1943, no bairro do Rio Comprido, no Rio. Sua primeira entrada em cena aconteceu quando ainda era bebê, fazendo figuração numa peça, informa seu perfil no Memória Globo. Aos quatro anos de idade, ela atuou com os pais no espetáculo “Medeia”. Sua irmã mais nova, Sandra Pêra, também é atriz e cantora.
Linha do tempo da carreira de Marília Pêra (Foto: Editoria de Arte/G1)
Entre os 14 e os 21 anos, Marília atuou como bailarina em musicais. Quando tinha 18, viajou por Brasil e Portugal com a peça “Society em baby-doll”. Outro destaque foi “Como vencer na vida sem fazer força”, trabalhando ao lado de Procópio Ferreira, Moacyr Franco e Berta Loran.
Em 1965, Marília foi contratada pelo diretor Abdon Torres para integrar o elenco inicial da TV Globo. Nessa época, fez o papel principal das novelas “Rosinha do sobrado”, “Padre Tião” e “A moreninha”.
Após um período fora da TV Globo, no qual atuou em “Beto Rockfeller” (1968), da TV Tupi, ela foi convidada a voltar por Daniel Filho, em 1971 – viveu Shirley Sexy em “O cafona”, que a tornou ainda mais conhecida. Na sequência, vieram “Bandeira 2” (1971-72) e “Supermanoela” (1974). A partir daí, afastou-se das novelas por oito anos, até aparecer em “O campeão” (1982), exibida pela TV Bandeirantes.
O retorno às novelas da Globo aconteceu apenas em “Brega & Chique” (1987). Na pele de Rafaela, fez bastante sucesso por sua parceria com Marco Nanini. Anos depois, Marília diria que essa foi a novela que mais gostou de fazer. Ela voltaria a interpretar Rafaela no remake de “Ti-Ti-Ti” (2011), escrito por Maria Adelaide Amaral.
Entre os trabalhos favoritos na TV, no entanto, Marília escolhia duas minisséries: “O primo Basílio” (1988), em que interpretou a vilã Juliana, e “Os Maias” (2001), em que interpretou Maria Monforte. Na minissérie “JK", fez a ex-primeira dama do Brasil Sarah Kubitschek.
Já na década de 1990, Marília atuou nas novelas “Lua cheia de amor” (1991) e “Meu bem querer” (1998). Outros trabalhos mais recentes foram em “Começar de novo” (2004); “Cobras & Lagartos” (2006), como a falida, mas ambiciosa, Milu; “Duas caras” (2007), como a alienada Gioconda.
Antes de “Pé na cova”, a amizade com Miguel Falabella já havia rendido papéis no seriado “A vida alheia” (2010), no filme “Polaroides urbanos” (2008) e na novela “Aquele beijo” (2011), todos escritos por ele.
Ao longo de uma carreira que durou praticamente toda sua vida, Marília Pêra destacou-se ainda no cinema. Estrelou filmes como “Pixote, a lei do mais fraco” (1980), “Bar Esperança” (1983), “Tieta do agreste” (1995) e “Central do Brasil” (1996) e “O viajante” (1998).
No teatro, ganhou duas vezes o Prêmio Molière: em 1974, por “Apareceu a Margarida”, e em 1984, por “Brincando em cima daquilo”. Como diretora, esteve por trás de uma das peças de maior sucesso do país, Após um período fora da TV Globo, no qual atuou em “Beto Rockfeller” (1968), da TV Tupi, ela foi convidada a voltar por Daniel Filho, em 1971 – viveu Shirley Sexy em “O cafona”, que a tornou ainda mais conhecida. Na sequência, vieram “Bandeira 2” (1971-72) e “Supermanoela” (1974). A partir daí, afastou-se das novelas por oito anos, até aparecer em “O campeão” (1982), exibida pela TV Bandeirantes.
Além disso, nos palcos interpretou Carmen Miranda em diversas ocasiões – “O teu cabelo não nega” (1963), “A pequena notável” (1966), “A tribute to Carmen Miranda” (1975), apresentada em Nova York, “A Pêra da Carmem” (1986 e 1995) e “Marília Pêra canta Carmen Miranda” (2005). Outras estrelas vividas por Marília foram Dalva de Oliveira, no musical “A estrela Dalva” (1987); Maria Callas, na peça “Master Class” (1996) e a estilista “Coco Chanel”, na peça “Mademoiselle Chanel” (2004).
Marília Pêra é a homenageada da Mocidade Alegre (Foto: Caio Kenji/G1)
Marília Pêra é a homenageada da Mocidade Alegre (Foto: Caio Kenji/G1)
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MARÍLIA PÊRA
Atriz morre aos 72 anos no Rio
obituário
05/12/2015 12h49 - Atualizado em 05/12/2015 14h44
Por Cristina Boeckel
Do G1 Rio
Quadro de Marília é levado para dentro da sala onde acontecerá o velório (Foto: Cristina Boeckel/G1)
Quadro de Marília é levado para dentro da sala onde acontecerá o velório (Foto: Cristina Boeckel/G1)
Por volta das 14h30 deste sábado (5), o corpo da atriz, cantora e diretora Marília Pêra chegou à na sala que leva seu nome, do Teatro Leblon, na Zona Sul do Rio. O velório é fechada para amigos e parentes e o enterro está marcado para às 16h, no Cemitério São João Batista, em Botafogo.
Marília Pêra morreu às 6h deste sábado, em casa, em Ipanema, Zona Sul do Rio. A atriz lutava havia dois anos contra um câncer de pulmão. Ela era uma das artistas mais completas do Brasil: além de interpretar, era cantora, bailarina, diretora, produtora e coreógrafa - leia aqui o perfil completo da atriz.
Cássia Kiss chega ao velório de Marília Pêra (Foto: Cristina Boeckel/G1)
Cássia Kiss chega ao velório de
Marília Pêra (Foto: Cristina Boeckel/G1)
Antes da chegada do corpo o local já tinha a movimentação de amigos, como a também atriz Cássia Kiss, e de coroas de flores.
"O melhor dia do ano é quando você ia a uma estreia da Marília Pêra. E agora não temos mais isso. Estamos falando de uma dama das artes deste país. Vou regar as flores delas com minhas lágrimas", disse Cássia, muito emocionada.
Também chegaram cedo ao velório as atrizes Lavínia Vlasak, Rafaela Mandelli, Natália Lage e Arlete Sales, além do ator Cecil Thiré.
"Perdi uma companheira, uma amiga. Uma atriz que era uma estrela que podia se apresentar em qualquer palco do mundo. Uma pessoa maravilhosa que continuou trabalhando até sempre", afirmou Arlete. Outra que estava muito emocionada era Luma Costa, companheira de elenco de Marília em 'Pé na Cova'. "Marília foi minha maior inspiração, minha diva. Ela deixa um legado para os novos atores como nós. A Marília sempre tinha um novo projeto. Éramos próximas é sempre tivemos contatos por telefone. Sempre com disciplina, dedicação. É difícil falar dela porque sou uma grande fã", disse Luma.
Murilo Rosa chegou às pressas ao velório de Marília Pêra (Foto: Cristina Boeckel/G1)
Murilo Rosa chegou às pressas ao velório de
Marília Pêra (Foto: Cristina Boeckel/G1)
Alguns tiveram que chegar às pressas, como o ator Murilo Rosa, que estava subindo a serra com a família e desceu para prestar a última homenagem . "Trabalhei com ela em 97 e 98, quando estava começando. É uma pessoa excepcional. Eu estou aqui para dar um beijo na família. A Marília se foi deixando muita coisa pra gente", acrescentou Murilo Rosa.
Marília Pêra morreu às 6h deste sábado (5), no Rio, aos 72 anos. A atriz, que lutava contra um câncer havia 2 anos, morreu em casa, ao lado da família. Ela deixa os filhos Ricardo Graça Mello, Esperança Motta e Nina Morena e o marido Bruno Faria.
A irmã de Marília, Sandra chegou bastante emocionada ao teatro, e falou brevemente com a imprensa.
"Ela me ensinou o amor. Não quero falar, porque estou sofrendo", disse.
Marília era meu anjo da guarda, eu tive um infarto e ela foi a primeira pessoa a me visitar,
Ela veio para me deixar mais tranquilo. Ela disse que ia falar com Shermann e Falanella para me aproveitarem em produções.
Isabelita dos Patins chegou ao velório mostrando muita emoção e falou ed Marília com carinho e gratidão:
"Ela me ajudou com R$ 5 mil por mês durante muito tempo. Ela disse que ia depositar um presente no meu aniversário. Eu estava trabalhando na Rua do Lavradio. Ela me curtia, gostava me mim. A gente perde uma grande dama do teatro, do cinema, uma mulher completa. Como ela me ajudou, depois nos encontramos no teatro. Dei para ela um anel da Carmen Miranda. Ele era dela e pertenceu também ao Erick Barreto, que era transformista. E eu dei para ela", disse.
Isabelita dos Patins no velório de Marília Pêra (Foto: Cristina Boeckel/G1)
Isabelita dos Patins no velório de Marília Pêra, com fotos da atriz na roupa (Foto: Cristina Boeckel/G1)
Carro de funerária com corpo da atriz Marília Pêra chega ao Teatro do Leblon às 14h30 (Foto: Cristina Boeckel/G1)
Carro de funerária com corpo da atriz Marília Pêra chega ao Teatro do Leblon às 14h30 (Foto: Cristina Boeckel/G1)
Irmã de Marília Pêra, Sandra falou brevemente com a imprensa (Foto: Cristina Boeckel/G1)
Irmã de Marília Pêra, Sandra falou brevemente com a imprensa (Foto: Cristina Boeckel/G1)
Luma Costa era companheira de elenco de Marília em 'Pé na Cova' (Foto: Cristina Boeckel/G1)
Luma Costa era companheira de elenco de Marília em 'Pé na Cova' (Foto: Cristina Boeckel/G1)
Ricardo, um dos filhos de Marília Pêra, chega ao velório (Foto: Cristina Boeckel/G1)
Ricardo, um dos filhos de Marília Pêra, chega ao velório (Foto: Cristina Boeckel/G1)
Ator Cecil Thiré chega ao velório de Marília Pêra (Foto: Cristina Boeckel/G1)
Ator Cecil Thiré chega ao velório de Marília Pêra (Foto: Cristina Boeckel/G1)
Placa com dedicatória de Marília para a inauguração da sala (Foto: Cristina Boeckel/G1)
Placa com dedicatória de Marília para a inauguração da sala (Foto: Cristina Boeckel/G1)
Coroa de flores no velório de Marília Pêra (Foto: Cristina Boeckel/G1)
Coroa de flores no velório de Marília Pêra (Foto: Cristina Boeckel/G1)
Marília Soares Pêra nasceu em 22 de janeiro de 1943, no bairro do Rio Comprido, no Rio. Sua primeira entrada em cena aconteceu quando ainda era bebê, fazendo figuração numa peça, informa seu perfil no Memória Globo. Aos quatro anos de idade, ela atuou com os pais no espetáculo “Medeia”. Sua irmã mais nova, Sandra Pêra, também é atriz e cantora.
Linha do tempo da carreira de Marília Pêra (Foto: Editoria de Arte/G1)
Entre os 14 e os 21 anos, Marília atuou como bailarina em musicais. Quando tinha 18, viajou por Brasil e Portugal com a peça “Society em baby-doll”. Outro destaque foi “Como vencer na vida sem fazer força”, trabalhando ao lado de Procópio Ferreira, Moacyr Franco e Berta Loran.
Em 1965, Marília foi contratada pelo diretor Abdon Torres para integrar o elenco inicial da TV Globo. Nessa época, fez o papel principal das novelas “Rosinha do sobrado”, “Padre Tião” e “A moreninha”.
Após um período fora da TV Globo, no qual atuou em “Beto Rockfeller” (1968), da TV Tupi, ela foi convidada a voltar por Daniel Filho, em 1971 – viveu Shirley Sexy em “O cafona”, que a tornou ainda mais conhecida. Na sequência, vieram “Bandeira 2” (1971-72) e “Supermanoela” (1974). A partir daí, afastou-se das novelas por oito anos, até aparecer em “O campeão” (1982), exibida pela TV Bandeirantes.
O retorno às novelas da Globo aconteceu apenas em “Brega & Chique” (1987). Na pele de Rafaela, fez bastante sucesso por sua parceria com Marco Nanini. Anos depois, Marília diria que essa foi a novela que mais gostou de fazer. Ela voltaria a interpretar Rafaela no remake de “Ti-Ti-Ti” (2011), escrito por Maria Adelaide Amaral.
Entre os trabalhos favoritos na TV, no entanto, Marília escolhia duas minisséries: “O primo Basílio” (1988), em que interpretou a vilã Juliana, e “Os Maias” (2001), em que interpretou Maria Monforte. Na minissérie “JK", fez a ex-primeira dama do Brasil Sarah Kubitschek.
Já na década de 1990, Marília atuou nas novelas “Lua cheia de amor” (1991) e “Meu bem querer” (1998). Outros trabalhos mais recentes foram em “Começar de novo” (2004); “Cobras & Lagartos” (2006), como a falida, mas ambiciosa, Milu; “Duas caras” (2007), como a alienada Gioconda.
Antes de “Pé na cova”, a amizade com Miguel Falabella já havia rendido papéis no seriado “A vida alheia” (2010), no filme “Polaroides urbanos” (2008) e na novela “Aquele beijo” (2011), todos escritos por ele.
Ao longo de uma carreira que durou praticamente toda sua vida, Marília Pêra destacou-se ainda no cinema. Estrelou filmes como “Pixote, a lei do mais fraco” (1980), “Bar Esperança” (1983), “Tieta do agreste” (1995) e “Central do Brasil” (1996) e “O viajante” (1998).
No teatro, ganhou duas vezes o Prêmio Molière: em 1974, por “Apareceu a Margarida”, e em 1984, por “Brincando em cima daquilo”. Como diretora, esteve por trás de uma das peças de maior sucesso do país, Após um período fora da TV Globo, no qual atuou em “Beto Rockfeller” (1968), da TV Tupi, ela foi convidada a voltar por Daniel Filho, em 1971 – viveu Shirley Sexy em “O cafona”, que a tornou ainda mais conhecida. Na sequência, vieram “Bandeira 2” (1971-72) e “Supermanoela” (1974). A partir daí, afastou-se das novelas por oito anos, até aparecer em “O campeão” (1982), exibida pela TV Bandeirantes.
Além disso, nos palcos interpretou Carmen Miranda em diversas ocasiões – “O teu cabelo não nega” (1963), “A pequena notável” (1966), “A tribute to Carmen Miranda” (1975), apresentada em Nova York, “A Pêra da Carmem” (1986 e 1995) e “Marília Pêra canta Carmen Miranda” (2005). Outras estrelas vividas por Marília foram Dalva de Oliveira, no musical “A estrela Dalva” (1987); Maria Callas, na peça “Master Class” (1996) e a estilista “Coco Chanel”, na peça “Mademoiselle Chanel” (2004).
Marília Pêra é a homenageada da Mocidade Alegre (Foto: Caio Kenji/G1)
Marília Pêra é a homenageada da Mocidade Alegre (Foto: Caio Kenji/G1)
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