Seleção brasileira consegue virada no último minuto do primeiro tempo diante dos campeões europeus, embala no fim do jogo e emplaca segunda vitória na Olimpíada
A torcida pediu: "Uh, pula aê, deixa o caldeirão ferver". E os jogadores da seleção brasileira seguiram o embalo que vinha das arquibancadas da Arena do Futuro nesta quinta-feira. Contra a Alemanha, atual campeã europeia, os jogadores ficaram atentos na parte defensiva, o que foi um ponto falho no revés para a Eslovênia, há dois dias. Na frente, encontraram buracos na alta defesa adversária. No ritmo do torcedor canarinho, o jogo equilibrado foi se encaminhando para o lado dos brasileiros. Depois de ir para o intervalo com uma virada no último minuto do primeiro tempo, a seleção embalou na parte final da etapa complementar e saiu de quadra com a vitória por 33 a 30, a segunda nesta Olimpíada do Rio, esquentando ainda mais o clima dentro da casa do handebol (confira os principais lances da partida no vídeo acima).
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Fábio Chiuffa vibra com mais um gol do Brasil contra a Alemanha (Foto: Shannon Stapleton/Reuters)
Com este resultado, o Brasil chegou a quatro pontos e está em terceiro lugar no Grupo B. É a mesma pontuação da Eslovênia e da própria Alemanha, mas ambas levam vantagem no saldo de gols (os eslovenos têm saldo de 4; os alemães, de 3; e os brasileiros, de 2).
O confronto entre a Eslovênia, quarta colocada no Mundial de 2013, e a Suécia, atual vice-campeã olímpica, fecha a terceira rodada do Grupo B, às 19h50. O último jogo do dia é entre a bicampeã olímpica França e a Argentina, às 21h50 (horários de Brasília), pelo Grupo A. Mais cedo, Tunísia e Catar ficaram no empate em 25 a 25, a Polônia dominou o Egito por 33 a 25, e a Croácia bateu a Dinamarca por 27 a 24.
A próxima partida do Brasil é neste sábado, novamente às 16h40 (de Brasília). O adversário é o Egito, atual campeão africano, que, além da derrota desta quinta-feira para a Polônia, perdeu por apenas um gol diante da Eslovênia (27 x 26), mas superou a Suécia na segunda rodada (26 x 25).
O JOGO
Os brasileiros entraram muito mais ligados na defesa e não permitiam aos alemães o tanto de arremessos que deixaram os eslovenos fazer há dois dias. Junto com algumas boas defesas de Maik, o trabalho atrás garantia que a Alemanha, que saiu na frente, não deslanchasse no placar. No ataque, a movimentação e o passe rápidos abriam espaços na alta linha adversária. Zé colocou o Brasil pela primeira vez à frente e em seguida Tchê marcou (5 a 3).
A seleção emplacou um bom momento, com direito a gol por cobertura de Chiuffa nos sete metros. E a vantagem brasileira chegou a ser de três gols (8 a 5). O problema é que toda a rapidez no estilo de jogo começou a virar afobação à medida que a Alemanha encostava no marcador. Thiagus tentou marcar na saída de bola, algo que Alemão conseguiu pouco depois (10 a 8). O goleiro Maik também tentou até da própria meta, mas não acertou o gol adversário vazio. Então, a partir de desperdícios de posse de bola e discussões em quadra, como entre Teixeira e Gensheimer, a seleção tomou o empate (10 a 10). Wiede recolocou a Alemanha à frente e os visitantes, aproveitando os erros da equipe brasileira, botou quatro de vantagem (15 a 11).
Torcida brasileira incendeia a Arena Futuro e empurra a seleção na virada (Foto: Shannon Stapleton/Reuters)
Valente, o Brasil foi buscar a virada no último minuto do primeiro tempo. Uma finalização rasteira de Zé, que passou por debaixo das pernas de Heinevetter, determinou o empate. E o arremesso de Haniel de longe, nos últimos segundos, após defesa crucial de Maik, foi parar no fundo da meta alemã desguarnecida (17 a 16).
Com oito minutos de segundo tempo, a Alemanha já aparecia na frente do placar novamente (22 a 19), muito por conta de mais um momento de afobação dos brasileiros no ataque. Com um jogador a menos durante um bom tempo na metade da etapa - Alemão ainda recebeu o cartão vermelho -, a seleção encontrou dificuldade para encostar. Mas foi só voltar à força total que o empate veio, nas mãos de Oswaldo (25 a 25).
Jogadores brasileiros comemoram com a torcida a vitória sobre a Alemanha (Foto: Shannon Stapleton/Reuters)
Foi nesse momento que a torcida começou a gritar: "Uh, pula aê, deixa o caldeirão ferver". E a Arena do Futuro ferveu demais quando Gehnsheimer mandou um tiro de sete metros no rosto de Bombom (assista ao vídeo abaixo), que entrou só para defender a cobrança, e acabou sendo expulso da partida. Chiuffa, marcando outra vez por cobertura, fez 26 a 25 para o Brasil e foi se tornando uma arma essencial do time pela ponta. O goleiro Maik emplacou grandes defesas. A vantagem subiu para 29 a 26 com mais um gol de Chiuffa. E puxados pelo torcedor, a seleção não parou mais de fazer gols. Final: 33 a 30.
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