Depois de fazer história, medalhista olímpico vai ser recebido com festa na cidade natal
Quem é doido de dizer que hoje não é dia de festejar? Isaquias Queiroz chega à Bahia após se transformar no maior medalhista brasileiro em uma mesma edição de Jogos Olímpicos, graças as três medalhas conquistadas no Rio 2016.
Na bagagem, duas de prata, uma de bronze e a sensação de dever mais que cumprido. Por isso, o canoísta sai de cena e dá lugar ao jovem festeiro de 22 anos. “Quero convocar todo mundo para acompanhar a carreata em Ubaitaba. Vou desfilar em carro aberto! Ó que moral que eu tô?”, convidou Isaquias através do seu perfil no Facebook. “Quero festa! Estou doido pra curtir essa festa aí com Binho Alves, Tinno Flow, pesado também na área, Trio da Huanna, Raneychas”.
Os artistas citados fazem sucesso na região Sul do estado, onde nasceu o canoísta. Mas uma coisa de cada vez. A festa com bandas está confirmada pela prefeitura de Ubaitaba, porém será no dia 3 de setembro, na Praça Cultural.
Isaquias é o único brasileiro a ganhar três medalhas em uma Olimpíada (Foto: AFP)
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Hoje, a folia já tem extensa programação. Às 15h30, Isaquias pousa no aeroporto de Ilhéus. Vem de São Paulo, onde gravou Programa do Jô e Altas Horas, ambos da TV Globo. De lá, percorre 80 km até a cidade natal para desfilar em carro aberto pelas principais ruas. Desfile que Isaquias chegou a cancelar por causa de comentários nas redes sociais a respeito da namorada dele, Larissa, mas ontem voltou atrás.
Irritado com boatos, Isaquias xinga e cancela festa em Ubaitaba, mas volta atrás
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“Queria estar comendo um acarajé na praça de Ubaitaba. Não vejo a hora de chegar em casa e poder descansar”, avisa o canoísta, que gravou um vídeo no qual aparece de roupão e, empolgado, mostra as três medalhas e manda um abraço também para os moradores dos locais próximos a Ubaitaba, como Aurelino Leal, Ilhéus, Itacaré e Ubatã, onde nasceu o também medalhista Erlon Souza, que está em Minas Gerais e ainda não confirmou a data de retorno.
Vida de atleta de alto rendimento é dura, mas, depois da competição mais importante da vida dele, Isaquias só quer curtir. “Já vamos nos preparar, no final do ano, para a Olimpíada de Tóquio. Ir com tudo pra cima para ganhar medalha de ouro agora. A gente tem que manter o foco, logo depois do descanso. Primeiro tem que ter as férias, que eu mereço. E depois a gente vai com tudo pra Tóquio”.
O roteiro do descanso não está fechado ainda. Mas o baiano não pretende ir muito longe. “Vou lá em Ilhéus, vou dar um rolé. Gosto de Ilhéus pra caraca, minha segunda cidade, pode-se dizer. Mas não vou esquecer de Itacaré, lá é outro nível. Lá é só paz e amor, tá ligado?”.
C1 200M excluída
Nem tudo é boa notícia para Isaquias Queiroz. A Federação Internacional de Canoagem (ICF) retirou do programa olímpico de Tóquio-2020 a prova do C1 200m masculina, em que o brasileiro ganhou a medalha de bronze - as duas pratas foram nas categorias C1 1000m e C2 1000m.
Nem tudo é boa notícia para Isaquias Queiroz. A Federação Internacional de Canoagem (ICF) retirou do programa olímpico de Tóquio-2020 a prova do C1 200m masculina, em que o brasileiro ganhou a medalha de bronze - as duas pratas foram nas categorias C1 1000m e C2 1000m.
A mudança foi feita com o objetivo de equilibrar os gêneros. Até o Rio 2016, havia 11 provas masculinas e cinco femininas. Em 2020 serão oito de cada. Bom para a também baiana Valdenice Conceição, especialista no C1 200m, que entra no programa olímpico.
Com isso, Isaquias deixará de disputar os 200m nos Mundiais e Copas do Mundo e competirá nos 500m e 1000m. “É uma decisão injusta com os velocistas. Podiam ter ao menos incluído uma prova de 500m. Desse jeito, matam uma geração de velocistas, uma aposentadoria por decreto”, disse o espanhol Jesus Morlán, técnico de Isaquias, à Folha de S. Paulo.
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