Camisa 24 anota oito gols e ajuda dinamarqueses a levar título no primeiro pódio do time em Olimpíadas. Campeões em Pequim e Londres, franceses ficam com a prata
Melhor jogador do mundo em 2011 e 2015, Mikkel Hansen queria demais o ouro no Rio. Afinal, a Dinamarca pela primeira vez teria uma medalha olímpica e o desejo era pelo lugar mais alto do pódio. Na final deste domingo, na Arena do Futuro, a poderosa França, atual bicampeã olímpica e campeã mundial, estava do outro lado. Mas, apesar de ter no elenco três atletas que já ganharam o prêmio de melhor do mundo, a seleção francesa dessa vez não fez valer sua experiência e ficou com a prata. Os dinamarqueses passaram todo o segundo tempo em vantagem, chegaram a ter cinco de frente, e conquistaram o título por 28 a 26 (veja acima), com direito a oito gols de Hansen, artilheiro da partida.
Atual melhor jogador do mundo, Hansen foi importantíssimo para o ouro da Dinamarca (Foto: Wolfgang Rattay/Reuters)
A Dinamarca nunca havia levado uma competição a nível global. Em Mundiais, o máximo que alcançou foi o vice-campeonato em 1967, 2011 e 2013. O ouro no Rio se junta aos dois títulos que o país tem em Campeonatos Europeus, obtidos nos anos olímpicos de 2008 e 2012.
Essa geração da França se colocou na posição de favorita em praticamente todas as competições que disputou nos últimos oito anos. Nesse período, a equipe faturou quase todos os canecos. Curiosamente, ela não ganhou o Campeonato Europeu em anos de Jogos Olímpicos (2008, 2012 e 2016), mas levou a melhor nas outras edições (2010 e 2014). Dos quatro Mundiais que foram realizados desde os Jogos de Pequim, os franceses ganharam três (2009, 2011 e 2015) - o próximo, em 2017, é em casa. Uma vitória neste domingo faria com que o país fosse o único a vencer a Olimpíada três vezes.
Dinamarqueses comemoram ouro olímpico no Rio (Foto: Kai Pfaffenbach/Reuters)
A França trouxe ao Rio cinco jogadores que participaram dos ouros em Pequim 2008 e Londres 2012. Desses, três já ganharam o prêmio de melhor jogador do mundo: o goleiro Thierry Omeyer (2008) e os centrais Nikola Karabatic (2007 e 2014) e Daniel Narcisse (2012). Os pontas Luc Abalo e Michael Guigou eram os outros dois.
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Na manhã deste domingo, a Alemanha superou a Polônia por 31 a 25 para ficar com o bronze, medalha bem comemora pelos jogadores. A partida para os alemães foi mais tranquila que na primeira fase, quando levaram a melhor por 32 a 29. Prata em Los Angeles 1984 (como Alemanha Ocidental) e em Atenas 2004, a seleção germânica tem apenas um título olímpico, em Berlim 1936, ainda na época do nazismo.
Lasse Svan, da Dinamarca, encara o goleiro Thierry Omeyer (Foto: Kai Pfaffenbach/Reuters)
O jogo
Ambas as equipes fizeram um primeiro tempo digno de final de Olimpíada. Nenhuma delas conseguiu ter mais do que dois gols de frente no marcador. Primeiro a França teve 3 a 1 no começo, e a Dinamarca depois fez 9 a 7, perto da metade da etapa. O duelo ficou naquele "toma lá, dá cá" até que Svan, pela ponta direita, levou o time escandinavo para o intervalo com 16 a 14. O armador Porte ainda evitou que a vantagem adversária fosse ainda maior, mergulhando para parar a bola no campo de defesa com o gol francês vazio.
Melhor do mundo, Hansen (7) foi responsável por quase metade dos gols da Dinamarca no primeiro tempo. O camisa 24 seguiu com fome de bola e fez o gol que deu três de vantagem para a equipe (19 a 16) no começo da etapa complementar. Aos 18, após sucessivos erros de ataque dos Bleus, o placar já apontava 25 a 20. Os franceses tentaram fazer valer o apelido de "especialistas" e, em nove minutos, encostaram em 27 a 25, após um gol de longe de Nikola Karabatic. Mas os dinamarqueses reagiram e o gol de Mensah, no minuto final, praticamente selou a vitória. Mahe fez nos sete metros, mas nada mais tirou o ouro da Dinamarca.
Cabeludo Hansen chamou a responsabilidade no jogo decisivo (Foto: Cris Helgren/Reuters)
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