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segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Isolada em zona rural e cercada por estradas ruins, Laoya tem alta proporção de homens sozinhos entre 30 e 55 anos. Robin Brant BBC Shanghai FACEBOOK Xiong Jigen é um dos muitos solteiros do vilarejo de Laoya, na China (Foto: BBC) Xiong Jigen é um dos muitos solteiros do vilarejo de Laoya, na China (Foto: BBC) Xiong Jigen culpa a estrada. O local onde mora "é isolado e o transporte é muito difícil", explica. Ele está em frente à própria casa, de onde se pode ver um galinheiro e campos de milho, tudo perto do topo de uma colina. Aos 43 anos, Xiong é o que os chineses costumam chamar de "galho seco" - um solteiro. Este é o rótulo dado aos que, como ele, não encontraram uma esposa em um país no qual ainda se espera que um homem na faixa dos 20 anos já esteja casado e com a continuidade de sua família garantida. Xiong mora no vilarejo de Laoya, na região rural da província de Anhui, no leste da China. Para chegar ao local é preciso encarar uma hora de carro, avançando lentamente por uma estrada de terra, e depois caminhar por uma trilha também de terra. A casa de Xiong é uma das sete que ficam em uma área cercada por uma floresta de bambus e árvores. Um lugar bonito. 'Vilarejo dos solteiros' Laoya significa "Pato Velho", mas o local é conhecido mesmo como "vilarejo dos solteiros". Um levantamento de 2014 concluiu que o vilarejo tinha 112 homens entre 30 e 55 anos em meio a uma população de 1,6 mil pessoas. E isto é surpreendentemente alto. Xiong conta que conhece mais de cem homens que ainda não se casaram. "Não consigo encontrar uma esposa. Elas se mudam para outros lugares para trabalhar, então como posso conhecer alguém para me casar?" Novamente, ele fala das estradas. "Transporte é tão difícil aqui, não podemos atravessar o rio quando chove. As mulheres não querem morar aqui." A parte do vilarejo onde ele mora é isolada, mas, independente disto, as probabilidades já estão contra Xiong Jigen. A China tem muito mais homens do que mulheres e, atualmente, existem cerca de 115 meninos para cada cem meninas. Em uma cultura que historicamente favorece os homens, a política do filho único do Partido Comunista chinês levou a abortos obrigatórios e a um excesso de nascimento de meninos a partir da década de 1980. Casamenteiras Os pais chineses ainda têm um papel importante arrumando casamentos para os filhos, e as casamenteiras ainda são figuras comuns nos vilarejos do país. Xiong conta que já usou os serviços de algumas delas. A casa de Xiong foi construída há apenas três anos, mas não foi o bastante para atrair uma esposa (Foto: BBC) A casa de Xiong foi construída há apenas três anos, mas não foi o bastante para atrair uma esposa (Foto: BBC) "Algumas (mulheres) visitaram o vilarejo através das casamenteiras, e foram embora pois tiveram uma impressão terrível do transporte." Parados na porta de seu quarto, perguntamos a Xiong se ele já se apaixonou. "Já estive em um relacionamento, mas não deu certo. Ela reclamou que o vilarejo não era bom para ela, principalmente as estradas", relembra. Ele encontrou esta mulher por meio de uma casamenteira. "Ela era quase da minha altura, não muito gorda e nem muito magra. Era bem extrovertida." As mulheres abandonam vilarejos como este para tentar trabalho nas cidades maiores. Na província de Anhui, onde Xiong mora, o destino para arrumar trabalho é Xangai. As mulheres vão para a cidade para conseguir um salário mais alto e até encontrar um marido. Algumas até voltam, mas, neste caso, já estão casadas. Os que ficam Os homens também abandonam os vilarejos, mas, geralmente, só para trabalhar. Alguns ficam para cuidar os pais idosos, mantendo a tradição chinesa de os filhos homens cuidarem dos pais. O tio (à esq.) foi o motivo que fez Xiong permanecer no vilarejo (Foto: BBC) O tio (à esq.) foi o motivo que fez Xiong permanecer no vilarejo (Foto: BBC) Xiong Jigen decidiu ficar para cuidar o tio. A reportagem da BBC viu o idoso do lado de fora da casa perto de uma bacia cheia de grãos de milho. "Ele não vai conseguir comida se eu for embora. Ele não pode ir para um asilo", disse. A noção de dever que a geração mais jovem tem em relação aos idosos ainda é uma parte muito importante da vida familiar na China. O presidente Xi Jinping disse acreditar que nada pode atrapalhar uma família forte e tradicional. Para se ter uma ideia da força desta tradição, uma nova lei introduzida na cidade de Xangai no começo de 2016 determina punições para filhos que não visitam os pais. Mas, no "vilarejo dos solteiros", não são apenas os homens que ficaram para trás. A vizinha de Xiong, Wang Caifeng, ainda mora no local e é uma agricultora com duas filhas e um marido. "A cidade natal é melhor. Eu realmente escolhi ficar." Wang Caifeng, de 39 anos, e suas filhas moram em Laoya (Foto: BBC) Wang Caifeng, de 39 anos, e suas filhas moram em Laoya (Foto: BBC) Perguntamos sobre o futuro de suas duas filhas. As meninas caminham por mais de uma hora duas vezes por dia para ir à escola. Wang concordaria caso elas decidissem ir embora quando forem mais velhas? Ela responde que espera que as filhas fiquem em Laoya. Mas a filha de 14 anos não concorda. Fujing quer ser médica, como o pai, e acredita que este plano vai funcionar melhor "no mundo lá fora". O "mundo lá fora" não está tão longe assim. Na verdade, está nas casas dos moradores do vilarejo: eles têm TV por satélite, Xiong tem uma moto. Mas Laoya ainda parece muito distante e, em algumas ocasiões, até isolada do resto do país. Para se ter uma ideia, a casa de Xiong foi construída há apenas três anos. Mas a moradia nova não é o suficiente para convencer as mulheres que vêm visitá-lo a morar ali. Laoya não é o único "vilarejo dos solteiros" na China, mas apresenta os dilemas da vida na zona rural do país: a fuga da pobreza e a ligação com a terra, o desequilíbrio entre os gêneros e o dever de cuidar dos pais e familiares idosos. E, claro, as estradas ruins. tópicos: China

Na quinta-feira passada, delegado afirmou que nadador seria intimado.
Processo seguiria até o final sem a presença do réu, segundo delegado.

Do G1 Rio
Ryan Lochte pede desculpa por falso relato de assalto na Olimpíada (Gnews) (Foto: Reprodução GloboNews)Ryan Lochte será intimado para novo depoimento
(Foto: Reprodução GloboNews)
Acusado de falsa comunicação de crime ao mentir que tinha sido assaltado no Rio durante a Olimpíada, o nadador americano Ryan Lochte afirmou que não pretende voltar à cidade para prestar depoimento em uma possível audiência judicial. A afirmação foi feita em entrevista publicada pelo jornal "TMZ" nesta segunda-feira (29).
Lochte minimizou uma possível punição com perda de medalhas ou o afastamento da delegação de nado. Ele, no entanto, afirmou que vai aceitar as medidas do Comitê Olímpico dos Estados Unidos.
"Realmente não tenho comentários a fazer [sobre uma possível punição]. O que o Comitê decidir eu vou, simplesmente, aceitar. Mas não acredito que isso vá acontecer", afirmou à publicação.
Questionado se pretendia voltar ao Rio, ele disse que adoraria revisitar a cidade. Mas quando questionado sobre a audiência, ele foi taxativo: "Eu não vou voltar".
Audiência
Em entrevista ao G1 na quinta (25), o delegado Clemente Braune, da delegacia de Atendimento Especial ao Turista (Deat), disse que Lochte terá que comparecer a uma audiência perante o juiz ou será julgado à revelia.

“Uma vez citado, comparecendo ou não à audiência, a pena é a mesma, prevista em lei para o delito de comunicação falsa de crime: 1 a 6 meses de detenção. Se ele for citado e não comparecer na audiência, o processo segue sem a presença do réu até a sentença final”, explicou Braune.
A polícia civil vai concluir o inquérito do caso essa semana e encaminhar ao Ministério Público, que emitirá uma carta rogatória através de medida de cooperação internacional. Lochte não poderá ser ouvido nos Estados Unidos, ele tem que comparecer pessoalmente à audiencia.

"⁠⁠⁠Não há uma pena para o não comparecimento, mas sim um prejuízo processual pois a ação seguirá sem a sua presença", afirmou o delegado.

O nadador James Feigen, que também mentiu para polícia em depoimento, fez acordo de transação de pena e não será intimado pela polícia. Os outros dois nadadores, Gunnar Bentz e Jack Conger, foram liberados pela polícia já que não chegaram a mentir sobre o ocorrido.

Entenda o caso
Lochte e outros três nadadores dos Estados Unidos se envolveram em um falso relato de assalto que disseram ter sofrido durante a Olimpíada. Inicialmente, Ryan Lochte e James Feigen haviam dito que sofreram um assalto ao voltar de táxi à Vila Olímpica após uma festa na Lagoa. Os nadadores estavam acompanhados de outros dois atletas, Gunnar Bentz e Jack Conger.

Lochte chegou a perder seus quatro patrocinadores por conta deste caso.  Para investigadores, depoimentos de testemunhas e um vídeo que mostra os atletas em um posto de gasolina e reforçaram a tese de que não houve roubo.

O grupo teria depredado um banheiro e foi impedido de deixar o local pelos seguranças, que queriam que os atletas pagassem pelo prejuízo. Os nadadores admitiram que estavam bêbados.

Após ficar comprovada a farsa, os dois foram indiciados por falsa comunicação de crime. Prevista no artigo 340 do Código Penal, ela significa "provocar a ação de autoridade, comunicando-lhe a ocorrência de crime ou de contravenção que sabe não se ter verificado".

Em entrevista ao Jornal NacionalLochte assumiu a responsabilidade pela confusão no posto de gasolina. O atleta admitiu que foi imaturo, e impreciso no depoimento às autoridades, pediu desculpas ao povo brasileiro e disse que o Brasil não merecia isso e que o país fez uma Olimpíada maravilhosa. Ele chegou a dizer que "ama" os brasileiros.

Entretanto, não admitiu que mentiu quando afirmou que foi assaltado. Disse que "exagerou", mas insistiu que, o fato dos seguranças terem apontado armas para ele enquanto esperavam uma compensação pelos danos no banheiro do posto pode ser interpretado como assalto.

"Nós saímos do táxi, as armas estavam apontadas para a gente, um dos caras, o tradutor que chegou lá, chegou dizendo que a gente teria que dar dinheiro porque tinha uma arma apontada para a gente. A gente teve que dar dinheiro então você pode chamar isso de assalto, extorsão, ou você pode apenas dizer que tinha que pagar pelo dano no pôster. Eu não sei o que foi, tudo que eu sei é que eu estava assustado porque havia uma arma apontada para a gente. Mas depois disso tudo ficou certo e nós voltamos em segurança para Vila Olímpica”, conta Ryan Lochte, que admitiu ainda que estava "altamente intoxicado" - termo que em inglês também serve se refere a embriaguez.
Depoimentos dos demais envolvidos
Quatro nadadores se envolveram na confusão: Lochte, Jimmy Feigen, Gunnar Bentz e Jack Conger. Os dois primeiros foram indiciados por falso testemunho pela Polícia do Rio, enquanto os outros dois, apesar de terem sido retirados de um voo na última quarta-feira (17), enquanto tentavam voltar para os EUA, constam apenas como testemunhas no inquérito.
No Termo de Declaração assinado por Bentz, ao qual o G1 teve acesso, o nadador relatou que, ao parar no posto para urinar, Lochte quebrou uma placa publicitária pregada na parede, o que provocou muito barulho.
Bentz declarou que os atletas foram impedidos de deixar o local por homens armados que não falavam inglês e que apresentaram algum tipo de distintivo. O nadador disse que entregou, sem que lhe fosse exigido, US$ 20 que tinha no bolso. Feigen teria dado ao menos uma nota de R$ 50.
Conger também afirmou em seu depoimento que foi Lochte quem quebrou a placa publicitária no posto. Ele disse ainda ficou sabendo apenas pela imprensa que o colega mentiu ao dar entrevista relatando o falso assalto.
Já Feigen disse que soube das declarações de Ryan Lochte à mídia internacional e as considerou inverídicas. Ele disse não saber por que Lochte deu a versão do assalto.

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