Na quinta-feira passada, delegado afirmou que nadador seria intimado.
Processo seguiria até o final sem a presença do réu, segundo delegado.
Acusado de falsa comunicação de crime ao mentir que tinha sido assaltado no Rio durante a Olimpíada, o nadador americano Ryan Lochte afirmou que não pretende voltar à cidade para prestar depoimento em uma possível audiência judicial. A afirmação foi feita em entrevista publicada pelo jornal "TMZ" nesta segunda-feira (29).
Lochte minimizou uma possível punição com perda de medalhas ou o afastamento da delegação de nado. Ele, no entanto, afirmou que vai aceitar as medidas do Comitê Olímpico dos Estados Unidos.
"Realmente não tenho comentários a fazer [sobre uma possível punição]. O que o Comitê decidir eu vou, simplesmente, aceitar. Mas não acredito que isso vá acontecer", afirmou à publicação.
Questionado se pretendia voltar ao Rio, ele disse que adoraria revisitar a cidade. Mas quando questionado sobre a audiência, ele foi taxativo: "Eu não vou voltar".
Audiência
Em entrevista ao G1 na quinta (25), o delegado Clemente Braune, da delegacia de Atendimento Especial ao Turista (Deat), disse que Lochte terá que comparecer a uma audiência perante o juiz ou será julgado à revelia.
“Uma vez citado, comparecendo ou não à audiência, a pena é a mesma, prevista em lei para o delito de comunicação falsa de crime: 1 a 6 meses de detenção. Se ele for citado e não comparecer na audiência, o processo segue sem a presença do réu até a sentença final”, explicou Braune.
Em entrevista ao G1 na quinta (25), o delegado Clemente Braune, da delegacia de Atendimento Especial ao Turista (Deat), disse que Lochte terá que comparecer a uma audiência perante o juiz ou será julgado à revelia.
“Uma vez citado, comparecendo ou não à audiência, a pena é a mesma, prevista em lei para o delito de comunicação falsa de crime: 1 a 6 meses de detenção. Se ele for citado e não comparecer na audiência, o processo segue sem a presença do réu até a sentença final”, explicou Braune.
A polícia civil vai concluir o inquérito do caso essa semana e encaminhar ao Ministério Público, que emitirá uma carta rogatória através de medida de cooperação internacional. Lochte não poderá ser ouvido nos Estados Unidos, ele tem que comparecer pessoalmente à audiencia.
"Não há uma pena para o não comparecimento, mas sim um prejuízo processual pois a ação seguirá sem a sua presença", afirmou o delegado.
O nadador James Feigen, que também mentiu para polícia em depoimento, fez acordo de transação de pena e não será intimado pela polícia. Os outros dois nadadores, Gunnar Bentz e Jack Conger, foram liberados pela polícia já que não chegaram a mentir sobre o ocorrido.
Entenda o caso
Lochte e outros três nadadores dos Estados Unidos se envolveram em um falso relato de assalto que disseram ter sofrido durante a Olimpíada. Inicialmente, Ryan Lochte e James Feigen haviam dito que sofreram um assalto ao voltar de táxi à Vila Olímpica após uma festa na Lagoa. Os nadadores estavam acompanhados de outros dois atletas, Gunnar Bentz e Jack Conger.
Lochte chegou a perder seus quatro patrocinadores por conta deste caso. Para investigadores, depoimentos de testemunhas e um vídeo que mostra os atletas em um posto de gasolina e reforçaram a tese de que não houve roubo.
O grupo teria depredado um banheiro e foi impedido de deixar o local pelos seguranças, que queriam que os atletas pagassem pelo prejuízo. Os nadadores admitiram que estavam bêbados.
Após ficar comprovada a farsa, os dois foram indiciados por falsa comunicação de crime. Prevista no artigo 340 do Código Penal, ela significa "provocar a ação de autoridade, comunicando-lhe a ocorrência de crime ou de contravenção que sabe não se ter verificado".
Em entrevista ao Jornal Nacional, Lochte assumiu a responsabilidade pela confusão no posto de gasolina. O atleta admitiu que foi imaturo, e impreciso no depoimento às autoridades, pediu desculpas ao povo brasileiro e disse que o Brasil não merecia isso e que o país fez uma Olimpíada maravilhosa. Ele chegou a dizer que "ama" os brasileiros.
Entretanto, não admitiu que mentiu quando afirmou que foi assaltado. Disse que "exagerou", mas insistiu que, o fato dos seguranças terem apontado armas para ele enquanto esperavam uma compensação pelos danos no banheiro do posto pode ser interpretado como assalto.
"Nós saímos do táxi, as armas estavam apontadas para a gente, um dos caras, o tradutor que chegou lá, chegou dizendo que a gente teria que dar dinheiro porque tinha uma arma apontada para a gente. A gente teve que dar dinheiro então você pode chamar isso de assalto, extorsão, ou você pode apenas dizer que tinha que pagar pelo dano no pôster. Eu não sei o que foi, tudo que eu sei é que eu estava assustado porque havia uma arma apontada para a gente. Mas depois disso tudo ficou certo e nós voltamos em segurança para Vila Olímpica”, conta Ryan Lochte, que admitiu ainda que estava "altamente intoxicado" - termo que em inglês também serve se refere a embriaguez.
"Não há uma pena para o não comparecimento, mas sim um prejuízo processual pois a ação seguirá sem a sua presença", afirmou o delegado.
O nadador James Feigen, que também mentiu para polícia em depoimento, fez acordo de transação de pena e não será intimado pela polícia. Os outros dois nadadores, Gunnar Bentz e Jack Conger, foram liberados pela polícia já que não chegaram a mentir sobre o ocorrido.
Entenda o caso
Lochte e outros três nadadores dos Estados Unidos se envolveram em um falso relato de assalto que disseram ter sofrido durante a Olimpíada. Inicialmente, Ryan Lochte e James Feigen haviam dito que sofreram um assalto ao voltar de táxi à Vila Olímpica após uma festa na Lagoa. Os nadadores estavam acompanhados de outros dois atletas, Gunnar Bentz e Jack Conger.
Lochte chegou a perder seus quatro patrocinadores por conta deste caso. Para investigadores, depoimentos de testemunhas e um vídeo que mostra os atletas em um posto de gasolina e reforçaram a tese de que não houve roubo.
O grupo teria depredado um banheiro e foi impedido de deixar o local pelos seguranças, que queriam que os atletas pagassem pelo prejuízo. Os nadadores admitiram que estavam bêbados.
Após ficar comprovada a farsa, os dois foram indiciados por falsa comunicação de crime. Prevista no artigo 340 do Código Penal, ela significa "provocar a ação de autoridade, comunicando-lhe a ocorrência de crime ou de contravenção que sabe não se ter verificado".
Em entrevista ao Jornal Nacional, Lochte assumiu a responsabilidade pela confusão no posto de gasolina. O atleta admitiu que foi imaturo, e impreciso no depoimento às autoridades, pediu desculpas ao povo brasileiro e disse que o Brasil não merecia isso e que o país fez uma Olimpíada maravilhosa. Ele chegou a dizer que "ama" os brasileiros.
Entretanto, não admitiu que mentiu quando afirmou que foi assaltado. Disse que "exagerou", mas insistiu que, o fato dos seguranças terem apontado armas para ele enquanto esperavam uma compensação pelos danos no banheiro do posto pode ser interpretado como assalto.
"Nós saímos do táxi, as armas estavam apontadas para a gente, um dos caras, o tradutor que chegou lá, chegou dizendo que a gente teria que dar dinheiro porque tinha uma arma apontada para a gente. A gente teve que dar dinheiro então você pode chamar isso de assalto, extorsão, ou você pode apenas dizer que tinha que pagar pelo dano no pôster. Eu não sei o que foi, tudo que eu sei é que eu estava assustado porque havia uma arma apontada para a gente. Mas depois disso tudo ficou certo e nós voltamos em segurança para Vila Olímpica”, conta Ryan Lochte, que admitiu ainda que estava "altamente intoxicado" - termo que em inglês também serve se refere a embriaguez.
Depoimentos dos demais envolvidos
Quatro nadadores se envolveram na confusão: Lochte, Jimmy Feigen, Gunnar Bentz e Jack Conger. Os dois primeiros foram indiciados por falso testemunho pela Polícia do Rio, enquanto os outros dois, apesar de terem sido retirados de um voo na última quarta-feira (17), enquanto tentavam voltar para os EUA, constam apenas como testemunhas no inquérito.
Quatro nadadores se envolveram na confusão: Lochte, Jimmy Feigen, Gunnar Bentz e Jack Conger. Os dois primeiros foram indiciados por falso testemunho pela Polícia do Rio, enquanto os outros dois, apesar de terem sido retirados de um voo na última quarta-feira (17), enquanto tentavam voltar para os EUA, constam apenas como testemunhas no inquérito.
No Termo de Declaração assinado por Bentz, ao qual o G1 teve acesso, o nadador relatou que, ao parar no posto para urinar, Lochte quebrou uma placa publicitária pregada na parede, o que provocou muito barulho.
Bentz declarou que os atletas foram impedidos de deixar o local por homens armados que não falavam inglês e que apresentaram algum tipo de distintivo. O nadador disse que entregou, sem que lhe fosse exigido, US$ 20 que tinha no bolso. Feigen teria dado ao menos uma nota de R$ 50.
Conger também afirmou em seu depoimento que foi Lochte quem quebrou a placa publicitária no posto. Ele disse ainda ficou sabendo apenas pela imprensa que o colega mentiu ao dar entrevista relatando o falso assalto.
Já Feigen disse que soube das declarações de Ryan Lochte à mídia internacional e as considerou inverídicas. Ele disse não saber por que Lochte deu a versão do assalto.
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