Com a força de seu corpo, atleta baiano, que não largou bem, empurrou o barco para fechar prova à frente de espanhol na decisão dos 200m da canoa individual
Na canoagem velocidade, é normal que os atletas deem um impulso bem na reta final para tentar chegar à frente de seus adversários, sobretudo em competições muito parelhas, muito disputadas. Foi essa a receita de sucesso do brasileiro Isaquias Queiroz na final do C1 200m, nesta quinta-feira, na Lagoa Rodrigo de Freitas. A tática do impulso maroto para terminar a prova à frente de Alfonso Benavides, da Espanha, deu muito certo, e o baiano ficou com a medalha de bronze. Mas foi arriscado. Se errasse e caísse antes da linha de chegada, seria desclassificado.
- Eu acabei dando remada em falso logo depois da saída. Minha saída foi muito ruim. Não entendi. Minha saída é lenta, mas nem tanto. Na verdade, eu não saí lento. Eu errei e fiquei muito para trás mesmo. Para recuperar, foi muito complicado, e acho que ganhei a medalha foi ali naquela jogada mesmo. Na prova, o barco patinou muito, e já vi os caras colocarem meio barco na frente. Isso aconteceu na Itália no ano passado (no Mundial de Milão), mas acabei me recuperando. Se eu não tivesse errado muito ali, podia ter ganhado a medalha de ouro. Mas, com certeza, os caras foram muito melhores, o ucraniano, o cara do Azerbaijão, e quando cheguei eu joguei o barco e fiquei sem saber: "Nossa, perdi a medalha". Achei que não tinha ganhado medalha. Por isso, fiquei com raiva - comentou.
- Eu acabei dando remada em falso logo depois da saída. Minha saída foi muito ruim. Não entendi. Minha saída é lenta, mas nem tanto. Na verdade, eu não saí lento. Eu errei e fiquei muito para trás mesmo. Para recuperar, foi muito complicado, e acho que ganhei a medalha foi ali naquela jogada mesmo. Na prova, o barco patinou muito, e já vi os caras colocarem meio barco na frente. Isso aconteceu na Itália no ano passado (no Mundial de Milão), mas acabei me recuperando. Se eu não tivesse errado muito ali, podia ter ganhado a medalha de ouro. Mas, com certeza, os caras foram muito melhores, o ucraniano, o cara do Azerbaijão, e quando cheguei eu joguei o barco e fiquei sem saber: "Nossa, perdi a medalha". Achei que não tinha ganhado medalha. Por isso, fiquei com raiva - comentou.
Chegada de Isaquias no C1 200m nesta quinta-feira (Foto: reprodução/vídeo)
Isaquias Queiroz contou que não sabia que tinha ficado com o terceiro lugar no pódio, tanto que deu um soco na água, com raiva pelos erros que diz ter cometido no duelo e que o deixaram atrás de Iurii Cheban, medalhista de ouro, da Ucrânia, e Valentin Demyanenko, que levou a prata, do Azerbaijão.
- O soco na água foi de raiva. Demorou para sair no telão e fiquei: "Caraca, sai logo que tô nervoso aqui". E, quando saiu, eu fiquei muito feliz, porque a medalha de bronze é muito importante no currículo do atleta, principalmente em Jogos Olímpicos, né. Estou fazendo história na canoagem do Brasil - falou.
Isaquias Queiroz levanta as mãos para o céu e celebra a medalha, segundo nos Jogos (Foto: Getty Images)
Depois que a confirmação do resultado pintou no telão e mostrou que Isaquias fez o tempo de 39s628, ele revelou sua motivação principal para, depois de ficar atrás de seus adversários, dar seu máximo para voltar ao pódio mais uma vez: a torcida brasileira, que lotou a arquibancada. O atleta também ficou com a medalha de prata, mas na prova C1 1000m, na terça-feira.
- Quando eu estava lá atrás, pensei: "Nossa, hoje está lotado". Foi muito legal ver o pessoal assim, porque é a primeira vez que vejo o público assim. Nem no Mundial estava assim. Hoje estava muito lotado o Estádio da Lagoa, e tive que dar meu máximo para fazer o brasileiro ficar feliz.
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E não foi só a torcida do Brasil que compareceu em peso para ver Isaquias no Estádio da Lagoa Rodrigo de Freitas. Sua família voltou ao local. Se na quinta-feira apenas Lucas Queiroz, um de seus irmãos, a mãe, Dilma, e a amiga Luciana, com sua filha de colo, apareceram nas arquibancadas, nesta quinta ele parecia estar em casa, parecia que o Rio de Janeiro tinha se transformado em Ubaitaba. Dona Dilma, inclusive, voltou a chamar a atenção ao ficar apreensiva quando Isaquias caiu na água e demorou a retornar para a superfície.
- Hoje minha família já estava mais completa. Ontem faltava mais irmão meu. Eu tenho irmão em São Paulo, na Bahia, e hoje já tinha mais gente aí. Minha mãe estava aí. Fiquei muito feliz por eles estarem aí. A confiança estava muito alta - concluiu o atleta, que tem nove irmãos, quatro deles adotivos.
- Hoje minha família já estava mais completa. Ontem faltava mais irmão meu. Eu tenho irmão em São Paulo, na Bahia, e hoje já tinha mais gente aí. Minha mãe estava aí. Fiquei muito feliz por eles estarem aí. A confiança estava muito alta - concluiu o atleta, que tem nove irmãos, quatro deles adotivos.
Isaquias Queiroz festeja o bronze ainda dentro d'água (Foto: Damien Meyer / AFP)
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Confira a programação da canoagem velocidade:
19/8 - Sexta-feira
K1 200m masculino - Edson Silva
C2 1000m masculino - Isaquias Queiroz e Erlon de Souza
K4 500m feminino
K4 1000m masculino - Roberto Maehler, Vagner Souta, Celso Oliveira e Gilvan Ribeiro
K1 200m masculino - semifinal
C2 1000m masculino - semifinal
K4 500m feminino - semifinal
K4 1000m masculino - semifinal
20/8 - Sábado
K1 200m masculino - final
C2 1000m masculino - final
K4 500m feminino - final
K4 1000m masculino - final
19/8 - Sexta-feira
K1 200m masculino - Edson Silva
C2 1000m masculino - Isaquias Queiroz e Erlon de Souza
K4 500m feminino
K4 1000m masculino - Roberto Maehler, Vagner Souta, Celso Oliveira e Gilvan Ribeiro
K1 200m masculino - semifinal
C2 1000m masculino - semifinal
K4 500m feminino - semifinal
K4 1000m masculino - semifinal
20/8 - Sábado
K1 200m masculino - final
C2 1000m masculino - final
K4 500m feminino - final
K4 1000m masculino - final
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