Palhaço e covers são algumas das atrações no Porto Maravilha, no Centro.
Turistas estrangeiros são mais generosos na hora das 'colaborações'.
Passear no Boulevard Olímpico durante a Rio 2016 é garantia de diversão e de encontro com artistas de rua. Nos arredores do Museu do Amanhã, na Praça Mauá, no Centro do Rio, atores de rua chegam bem cedo para montar acampamento e garantir gorjetas generosas dos visitantes neste sábado (6).
O cearense Valdir Dantas, de 41 anos, acordou às 5h e saiu de Campos, cidade do Norte Fluminense, para dar expediente das 10h às 22h e garantir renda extra nesta temporada de cidade cheia. Valdir, que trabalha vestido de palhaço, comemora.
"Trabalho na rua há 10 anos e nunca ganhei tanto dinheiro. Quero a Olimpíada todos os anos no Rio de Janeiro. Está sendo maravilhoso trabalhar aqui, porque a prefeitura liberou o espaço para a gente, desde que não prejudique a festa popular. Estou ganhando um bom dinheiro por dia. Ganho no mínimo R$ 400. Mas os turistas estrangeiros são bem generosos dão notas altas de dólar e euro. Na noite de abertura (na sexta-feira, 5) somando tudo consegui quase R$ 2 mil. Estou muito feliz", afirmou ele, que, para economizar, trouxe água e lanche de casa.
"Se fico sem fazer graça, os turistas não chegam. Então como um sanduíche rápido e bebo uma garrafa pequena de água. Se beber demais, tenho que ir no banheiro várias vezes e aí perco dinheiro", conta ele.
Já o paulista Roger Nardotto, que ganha dinheiro vestido do personagem Chaves, chegou ao Rio para aproveitar o grande fluxo de turistas e cariocas na nova área da cidade, que passou por uma grande revitalização. "Vim trabalhar nas ruas do Rio porque é aqui que todo o mundo está. O faturamento aqui compensa porque da para ganhar até R$ 300 em uma só manhã. O turista brasileiro não valoriza e não incentiva muito o artista de rua e isso é muito ruim. O gringo é mais generoso com as contribuições, que são boas. Já consegui US$ 50 dólares e 70 euros. Além dos muitos pesos argentinos", lista ele.
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